Quarta-feira, 17 de setembro de 2008 - 12h25
São Paulo - A companhia francesa Alstom, que fabrica equipamentos para os setores de energia e transportes, anunciou ontem o fechamento de contrato de R$ 1,3 bilhão com o Consórcio Madeira Energia - liderado pela construtora Odebrecht e pela estatal Furnas, que venceu o leilão da hidrelétrica de Santo Antônio - para o fornecimento de equipamentos para a usina, que será instalada no rio Madeira, em Rondônia e terá potência de 3.150 megawatts. "Trata-se de um contrato recorde. É o maior que já fechamos mundialmente em termos de fornecimento para a geração hídrica", diz Marcos Costa, vice-presidente da Alstom no Brasil.
De acordo com o executivo, ficou acertado que a Alstom irá fornecer 19 das 44 turbinas e 22 dos 44 geradores que estão previstos para o projeto da hidrelétrica. Costa diz que estes equipamentos serão produzidos na unidade fabril de Taubaté, interior de São Paulo. Os equipamentos restantes serão fornecidos pela VA Tech e pela Voith Siemens. O tipo de turbina que será entregue pela empresa francesa é chamado de bulbo, apropriada para baixo fluxo de água e projetos hidrelétricos que aproveitam a correnteza do rio, como em Santo Antônio. Costa explica que esse tipo de turbina oferece alta eficiência, já que fica completamente submersa na água, o que também a torna capaz de lidar com grandes variações no fluxo de água, comuns na região Amazônica.
"Além das turbinas e geradores, vamos fornecer todos os equipamentos hidromecânicos e de levantamento (usados para a montagem das turbinas)", acrescenta. Segundo Costa, esses equipamentos serão fabricados em parceria com a empresa Bardella em uma nova unidade produtiva em Porto Velho, capital de Rondônia. "Estamos investindo R$ 90 milhões para a construção desta nova fábrica", afirma o vice-presidente. "Cada parceiro entrará com metade do investimento, portanto R$ 45 milhões para a Alstom e R$ 45 milhões para a Bardella" , acrescenta. A joint venture entre as duas empresas originou uma nova empresa chamada Indústria Metalúrgica e Mecânica da Amazônia (IMMA).
O investimento em uma nova fábrica, segundo Costa, se deu justamente para atender as demandas da usina de Santo Antônio. "Também analisamos a possibilidade de construir uma unidade para produzir turbinas e geradores lá em Rondônia, para termos ganhos logísticos", revela. "Mas como já temos a unidade de Taubaté, não se justificaria um investimento tão alto", completa o executivo.
Jirau e Belo Monte
Questionado sobre o interesse em fornecer equipamentos também para a usina de Jirau, a segunda licitada no rio Madeira, Costa afirma que a Alstom já apresentou sua proposta para o consórcio Energia Sustentável, encabeçado pela multinacional Suez e vencedor do leilão da central. "Santo Antônio foi o nosso primeiro passo e foi fundamental para fundarmos uma nova fábrica e ampliarmos a nossa capacidade produtiva. Agora, também temos interesse em fornecer para Jirau", conta o vice-presidente da Alstom. Costa afirma que a companhia também está de olho na hidrelétrica de Belo Monte, que será instalada no rio Xingu, no Pará, e com leilão marcado para setembro de 2009. "Estamos preparados para atender todas essas demandas", diz
A Alstom atua no Brasil há 50 anos, detém 35% do mercado de equipamentos especializados para geração hídrica, além de ser a maior fornecedora mundial de equipamentos e serviços para a energia hidrelétrica com mais de 400 gigawatts em turbinas e geradores instalados, representando mais de 25% da capacidade hidrelétrica instalada no mundo.
Fonte: Gazeta Mercantil/Roberta Scrivano
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