Antes das usinas, investidores chegam a Porto Velho

SÃO PAULO - O Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira já está sendo considerado o quarto ciclo econômico de Rondônia, depois da ferrovia, da extração da borracha e do garimpo. De olho nesse potencial, grandes grupos industriais e comerciais começaram a fincar suas bandeiras na região de Porto Velho. Entre as empresas que estão mexendo com a rotina da população estão Votorantim, Atacadão, Gafisa, C&A, Riachuelo e o Grupo Ancar.

Além dos cerca de R$ 20 bilhões de investimentos nas duas hidrelétricas (Santo Antonio e Jirau), o Grupo Votorantim já comprou terreno na região para construir uma fábrica de cimento no ano que vem, segundo a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero). A expectativa é que a unidade, de cerca de R$ 300 milhões, produza 1 milhão de toneladas de cimento ao ano e atenda à demanda do Complexo do Madeira, que vai gerar 6.450 MW de energia para o País. Outro mercado que será suprido pela empresa é o setor imobiliário. Hoje há cerca de 29 prédios de três a 24 andares sendo levantados, além de 21 condomínios e conjuntos habitacionais, segundo o Conselho Regional de Engenharia de Rondônia (Crea-RO).

A onda de progresso chamou a atenção inclusive da paulista Gafisa que fez uma joint venture com a GM Engenharia, confirmou o presidente da Fiero, Euzébio André Guareschi, dono da construtora local. Ele comenta que a parceria vai resultar na construção de quatro mil unidade nos próximos quatro anos, contando a partir do ano que vem. Nesse setor, há rumores de que a próxima a desembarcar na cidade é a Tecnisa. Além disso, dois shoppings centers serão inaugurados na capital em 2008, comenta o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas e diretor do Sebrae, Osvino Juraszek. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 

Fonte: AE - Agencia Estado