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Hidrelétricas do Madeira

As controvérsias das usinas do madeira


A conceituada revista Galileu enfoca matéria em sua última edição sobre os reflexos da construção das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira. Sob o título “energia controversa”, a publicação afirma que as usinas vão pressionar e colocar em perigo espécies da fauna da região como a ariranha, a tartaruga-da-amazônia, o tatu-canastra, o jacaré-açu e a piramutaba.
De acordo com a reportagem, o Ibama emitiu em julho a licença prévia para a construção as hidrelétricas. Para uns, o investimento de R$ 13,2 bilhões para produzir 6.450MW de energia por ano a partir de 2912 é crucial para evitar o racionamento de energia no país.
Já, para outros o empreendimento é uma temeridade para todo ecossistema regional, como se posiciona o Greenpeace, que entende que a demanda brasileira poderia ser suprida com pequenas centrais hidrelétricas, energia eólica, solar, fotovoltaica, gás natural e biomassa somadas as hidrelétricas atuais.
Como cuidado com o meio ambiente, a licença do Ibama exige 33 medidas de mitigação de impactos, como a instalação de herbários e centros de reprodução de peixes. O órgão governamental também revela que problemas como os de sedimentação, acúmulo de mercúrio e migração de peixes já foram esclarecidos.
A grita dos ambientalistas, no entanto, continua e é grande. Enfatizam que apenas a área de alagamento foi estudada, excluindo a de abrangência que passa por Rondônia como os vizinhos estados do Acre, Amazonas, Mato Grosso, além dos países como a Bolívia (onde nasce o madeira) e o peru.
Outra argumentação usada pelos ambientalistas contras as usinas diz respeito as cidades da região que não estão preparadas para o crescimento do agronegócio e da população e a pressão sobre as terras indígenas.
Enquanto o calendário das obras avançam ao meio de uma disputa voraz entre mega empreiteiras, as usinas do madeira continuam animando as perspectivas de alguns setores da economia da capital rondoniense. Por conta de suas perspectivas já houve uma verticalização da cidade, com a construção de dezenas de aranhas-céus. O maior, de 28 pavimentos, em pleno centro da capital rondoniense, com vista privilegiada para o Rio Madeira de monumentos históricos, como a Estrada de Ferro Madeira Mamoré, Catedral, caixas d’água, etc.
Fonte: Revista Galileu

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