Sábado, 14 de março de 2009 - 15h45
Mariana Jungmann
Agência Brasil
Brasília - Para marcar o Dia Internacional de Luta Contra as Barragens, comemorado neste sábado (14), o Movimento Nacional dos Atingidos por Barragens (MAB) anunciou que irá promover manifestações ao longo de toda a semana.
Os principais focos dos ativistas do movimento serão as usinas do Rio Madeira e os projetos de expansão energética adotados pelo governo federal.
"Nos cinco anos do governo Lula os problemas dos atingidos por barragem não foram resolvidos. Eles negociam soluções no varejo, mas não se discute uma normativa, uma solução para os atingidos pelas barragens em Rondônia e no Pará, por exemplo", denuncia o ativista do MAB Josivaldo Alves de Oliveira.
O movimento também reivindica a diminuição dos preços da energia para os consumidores, especialmente os camponeses, e o fim dos empréstimos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que empresas privadas construam e explorem as usinas.
"Nós não temos porque negar que somos contrários a esse modelo que só contribui para a concentração de riqueza. Nós achamos que a energia produzida no Brasil tem que ser para o povo brasileiro", afirma Oliveira.
Sobre os protestos que serão realizados ao longo da semana, ele afirma que a organização fica a cargo das regionais o que inviabiliza a elaboração de um cronograma. "O movimento tem a sua autonomia e as regionais decidem quais manifestações deverão acontecer. Nós fazemos também de acordo com os problemas regionais", explica.
Em seu site, o MAB convida movimentos sociais, ativistas e organizações simpatizantes com a causa a se unirem aos atingidos por barragens do mundo todo. Nesta data, populações atingidas por barragens do mundo inteiro denunciam o modelo energético que, historicamente, tem causado graves conseqüências sociais, econômicas, culturais e ambientais, diz a nota.
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