Segunda-feira, 17 de novembro de 2008 - 14h35
Empréstimo valerá por 20 anos, com prazo de pagamento de 16 anos. Recursos poderão pagar equipamentos importados, sem similares nacionais
Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Negócios
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social montou uma estrutura especial para o financiamento das linhas de transmissão do Rio Madeira, que serão licitadas no próximo dia 26 de novembro. A ação veio depois de pedidos de empresas interessadas no certame, mas preocupadas com as condições de financiamento em um mundo tumultuado pela crise financeira.
"Essa não é uma linha típica em questões como tecnologia, prazos e complexidade", observou Wagner Bittencourt, diretor de infra-estrutura do BNDES. O financiamento do projeto terá um prazo mais longo, 20 anos, e até 16 anos para o pagamento. Ou seja, a linha prevê uma carência de quatro anos. O empréstimo será remunerado pela TJLP mais 1,3% e um spread de risco da operação, que varia de 0,46% a 3,5%, dependendo da companhia.
O BNDES vai cobrir 70% do projetado para investimentos na ordem de R$ 7 bilhões. Outra novidade ainda é que o banco vai financiar equipamentos importados, que não tenham similares fabricados no Brasil. Esse item terá como condição: IPCA, custo de captação do banco e spread de risco.
Para Bittencourt, a forma de financiamento do projeto vai garantir o sucesso do leilão. "O BNDES está dando garantias, confiança, aos investidores para participar do leilão", afirmou o executivo, salientando que o banco decidiu agir depois de procurado pelos investidores. "Muitas empresas já nos procuraram externando preocupações. Por isso decidimos agir", completou.
Como já havia sido anunciado na semana passada, o BNDES vai conceder um empréstimo-ponte aos vencedores do certame. Os recursos serão remunerados por uma taxa de juros de 14,5% ao ano, mais spread de 1,3% e taxa de risco. Vale salientar que todos os empréstimos feitos através de outras instituições financeiras têm acréscimo de mais uma taxa, ao redor, de 0,5%.
De acordo com Bittencourt, o empréstimo-ponte vêm cobrir uma dificuldade atual do mercado, ao qual as empresas recorriam para levantar recursos, enquanto o financiamento principal não era liberado. O empréstimo terá prazo de 18 meses. "Estamos cobrindo uma falha de mercado. Estamos captando esses recursos de fontes diferentes, por isso, repassamos os custos", explicou o diretor, ressaltando que, no entanto, as condições são parecidas com as encontradas no mercado.
O empréstimo-ponte vai corresponder até a 20% do investimento total nas linhas, ou cerca de R$ 1,4 bilhão. Os recursos do empréstimo-ponte virão de uma linha de R$ 10 bilhões de recursos extras, aprovados pelo governo, para o BNDES financiar o setor de infra-estrutura. Do montante, R$ 2,5 bilhões virão do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.
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