Quinta-feira, 20 de novembro de 2008 - 13h42
O governo boliviano iniciou estudos, em cooperação com o Canadá, para avaliar o possível impacto das hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, no rio Madeira (RO). Para o governo do país vizinho, as usinas trarão conseqüências negativas sobre os povoados fronteiriços na região de Pando.
Segundo o ministro de Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, este é um "dos temas sensíveis" na relação com o Brasil e defendeu que o país precisa contar com estudos técnicos para encarar as negociações com autoridades brasileiras.
Choquehuanca afirmou ainda que as explicações oferecidas até agora pelas comissões técnicas do Brasil não satisfazem a Bolívia, por isso as autoridades bolivianas recorrem a novos estudos com a cooperação do Canadá para conhecer os potenciais efeitos das obras. Ontem (19), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu, após muita controvérsia e críticas, a licença para que o grupo Energia Sustentável do Brasil (Enersus) pudesse instalar o canteiro de obras da usina de Jirau. A licença parcial inexiste nos meios oficiais de licenciamento.
A licença, datada dia 14, permite que o Enersus construa a ensecadeira - desvio do Rio Madeira, na margem direita, com uma área total de 140,2 hectares. Mas a validade da licença é de apenas seis meses.
A Licença de Instalação de toda a obra deve sair ainda neste ano. Se isso acontecer, a hidrelétrica será feita nove quilômetros distante do local originalmente previsto, conforme queria o Enersus, já que a mudança permitirá uma economia de R$1 bilhão.
Disputa
A polêmica em torno da usina hidrelétrica de Jirau começou quando o consórcio vencedor do leilão da usina, liderado pela construtora Suez Energy, anunciou que pretendia construir a barragem a 9 quilômetros de distância do local original. A nova localização se chama "Cachoeira do Inferno", mas todos os estudos de impacto ambiental foram feitos para a cachoeira de Jirau.
O consórcio perdedor, liderado pela construtora Odebrecht, ameaçou entrar na justiça contra a mudança, mas desistiu quando o governo anunciou que iria intervir caso a questão fosse judicializada.
Além da licença concedida hoje não existir nos procedimentos oficiais, organizações da sociedade civil questionam o projeto, que vai causar grandes impactos ambientais na floresta amazônica e no território boliviano. Além disso, terá um impacto social muito grande, desalojando ribeirinhos, impactando em comunidades indígenas e trazendo para Porto Velho uma população de cerca de 100 mil pessoas.
Fonte: Amazonia.org.brIniciadas as obras de proteção das margens do rio na região da Madeira-Mamoré
A população de Porto Velho pode comemorar o início das obras que fazem parte do importante projeto de revitalização do complexo da Estrada de Ferro
Hidrelétrica Santo Antônio completa quatro anos de geração
Porto Velho, março de 2016.Dia 30 de março marca os quatro anos desde o início de geração da Hidrelétrica Santo Antônio, localizada no rio Madeira, em
Estudantes de engenharia elétrica do acre visitam Jirau
O canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Jirau foi cenário de estudo dos estudantes do primeiro período do curso de Engenharia Elétrica da Universida
Governo faz mega desapropriação em Belo Monte
BRASÍLIA – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) formalizou na última terça-feira (3) a última desapropriação de terras para a construção da