Sexta-feira, 13 de julho de 2007 - 13h17
Brasília - O descontentamento do governo da Bolívia com a construção das usinas hidrelétricas do Rio Madeira, em Rondônia, não vai afetar o andamento do projeto, por se tratar de questão de soberania nacional. A informação é do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, de acordo com a assessoria de imprensa do Itamaraty.
O Itamaraty afirma que está elaborando uma resposta para a carta recebida esta semana, em que o governo da Bolívia manifestou preocupação com a obra. Deve fica pronta ainda hoje (13) e possivelmente será elaborada também em forma de carta. A diplomacia brasileira garante que dará todas as informações necessárias à Bolívia.
A carta que o Itamaraty recebeu na última quarta-feira pede a realização de estudo do impacto ambiental das hidrelétricas no território boliviano. A Agencia Boliviana de Información (ABI) noticiou que o ministro das Relações Exteriores David Choquehuanca lamentou a aprovação da licença prévia para a obra.
De acordo com o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, a Bolívia não tem com que se preocupar, pois os cuidados ambientais tomados para a realização da obra dentro do Brasil foram observados também para toda a região.
A concessão de licença prévia para as usinas de Santo Antônio e Jirau foi anunciada na última segunda-feira pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O documento permite licitação para a construção das hidrelétricas e determina que o vencedor cumpra 33 exigências para a viabilidade ambiental da obra. As duas usinas somam 6.450 megawatts de potência prevista – metade de Itaipu, a mais potente do Brasil. Sabrina Craide - Agência Brasil
Em carta, Amorim afirma que responsabilidade por usinas do Madeira é do Brasil
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