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Hidrelétricas do Madeira

Brasil não corre o risco de 'novas Balbinas'


Luana Lourenço
Agência Brasil


Brasília - Para o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE, estatal responsável por estudos para o setor de energia), Maurício Tolmasquim, as novas usinas hidrelétricas previstas para o país – 92 estão listadas no Programa da Aceleração do Crescimento (PAC) – não correm o risco de repetir os problemas da Usina Hidrelétrica de Balbina, no Amazonas, que além de baixo potencial energético, emite grandes quantidades de gases de efeito estufa.

O relatório Emissões de Dióxido de Carbono e de Metano pelos Reservatórios Hidrelétricos Brasileiros, aponta que "o risco de emissões de gases dos efeitos estufa [em hidrelétricas] pode ser reduzido: evitando-se a baixa densidade de potência na escolha dos reservatórios (watts/metro) e desmatando-se o reservatório antes da inundação".

De acordo com o presidente da estatal, a preocupação com influência nas mudanças climáticas é levada em conta nos projetos, e novas hidrelétricas, como as de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira (RO) não correm o risco de se tornarem "novas Balbinas". "Para cada megawatt gerado nas usinas do Madeira será alagado apenas 0,08 quilômetro quadrado [em Balbina, a área alagada é de 0,57 para cada megawatt]. Além disso, não implicará submersão de vegetação", afirma.

Apesar de concordar com o prognóstico, o diretor da Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, avalia que "a questão das emissões tem que ser tratada [pelo governo] com maior relevância ao se pensar em novas usinas".

Para Pinguelli, investir em hidrelétricas ainda é a solução energética mais viável para o país, "desde que sejam tomados cuidados para não repetir erros". Ele exemplifica com um deles: "Ao decidir a usina, deve-se levar em conta que área vai ser inundada e a biomassa já existente".

"As hidrelétricas são uma ótima forma de obtenção de energia, mas tem que ser bem pensadas", comenta o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Alexandre 
 

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