Quinta-feira, 18 de setembro de 2008 - 18h29
Luana Lourenço
A substituição de cerca de 11 milhões de geladeiras brasileiras com mais de dez anos de fabricação, que ainda utilizam gases CFC (clorofluorcarbono) deve economizar cerca de 1.000 megawatts de energia e evitar emissões equivalentes a mais de 30 milhões de toneladas de gases de efeito estufa.
O cálculo foi apresentado hoje (18) pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, durante anúncio de acordo com o governo da Alemanha para doação de equipamentos de desmonte de geladeiras antigas. O CFC é responsável pela destruição da camada de ozônio. Nas geladeiras produzidas há mais de dez anos, é utilizado para refrigeração e isolamento térmico.
Segundo Minc, além do ganho ambiental, a troca de geladeiras também tem vantagens em relação ao consumo de energia elétrica. Uma geladeira nova gasta até 23,9 quilowatt-hora/mês, enquanto uma com mais de dez anos de funcionamento gasta, em média, mais de 55 quilowatt-hora/mês.
Por causa da economia, dá para dizer que temos uma hidrelétrica que vai sair das geladeiras. São 1.000 megawatts que não vamos mais precisar, comparou.
O equipamento financiado pela Agência de Cooperação Técnica Alemã (GTZ), que deve entrar em funcionamento até o segundo semestre de 2009, vai permitir o desmonte das geladeiras, com retirada e neutralização de mais de 90% do CFC, evitando que o gás atinja a atmosfera.
A meta é retirar de circulação 1 milhão de geladeiras antigas por ano a partir de 2011. Em 2007, 36 mil foram trocadas, por meio de programas patrocinados por empresas estaduais de energia, com apoio financeiro do governo federal. Não vai ser um pulinho [alcançar a meta], vai ser preciso um esforço brutal, afirmou Minc, que está negociando uma proposta de isenção fiscal para facilitar a compra de geladeiras novas.
A doação do governo alemão deverá ser repassada a uma empresa, escolhida por edital. De acordo com o diretor do Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Ruy de Góes, as regras para escolha serão divulgadas até novembro. Não vamos criar uma 'Reciclobrás', o equipamento vai ficar com a empresa que vencer o edital, acrescentou.
Segundo Minc, a iniciativa deve criar um mercado da despoluição e estimular empresários a investir em desmonte de geladeiras e reciclagem de outros tipos de lixo eletrônico, que representam grandes passivos ambientais. Estamos criando o mercado da despoluição. Vamos precisar de mais duas empresas para atender a demanda, os empresários poderão investir para despoluir em vez de poluir.
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