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Hidrelétricas do Madeira

Camargo Correia pede adiamento de leilão por 120 dias


Construtora pede adiamento de leilão  - Camargo Corrêa sugere que data seja prorrogada por 120 dias
Renée Pereira
Depois dos empresários do setor de transportes, ontem foi a vez da Construtora Camargo Corrêa pedir o adiamento do leilão de concessão da Hidrelétrica de Santo Antônio (3.150 MW), no Rio Madeira, marcado para o dia 30 de outubro. O pedido consta de um documento de 45 páginas enviado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com sugestões de mudanças no edital, cuja minuta foi colocada em consulta pública no dia 17 de agosto.
Segundo João Canellas, diretor-executivo da Amazônia Madeira Energética (Amel), empresa criada pela Camargo Corrêa para disputar o leilão, o prazo ficou muito curto para tomar todas as decisões. Ele destaca que o edital só deve ser publicado no dia 5 de setembro. “A partir daí teremos 55 dias para resolver todas as pendências, arrumar um fabricante de equipamentos e nossos parceiros conseguirem aprovação dos conselhos de administração. Trata-se de inviabilidade técnica.”
Canellas disse que pediu à Aneel o prazo de 120 dias para a realização do leilão. Ele argumentou que o cronograma de construção da usina, que tem de obedecer ao regime hidrológico da região, já está comprometido pela demora no licenciamento ambiental e, portanto, não haveria problema na prorrogação do prazo.
Canellas afirmou que já foi contactado por estatais sobre o interesse de formação de um consórcio. Mas até agora não há definição. “Acredito que a partir da semana que vem tudo ficará mais claro e teremos algumas propostas concretas”, avaliou ele.
O presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia Elétrica (Abiape), Mário Luiz Menel da Cunha, também acredita que a partir da semana que vem alguns pontos sejam esclarecidos pelo governo para que as empresas decidam pela participação ou não no projeto do Rio Madeira. O executivo aguarda portaria do Ministério de Minas e Energia com os porcentuais de destino da energia da Usina de Santo Antônio. Ou seja, quanto irá para o mercado cativo e para o mercado livre.
Ele explicou que o objetivo inicial de um consórcio formado pelos autoprodutores é investir o equivalente a cerca de 400 MW de energia. Mas o apetite dos investidores pode aumentar, dependendo das condições, adiantou ele.
Fonte: O Estado de S. Paulo

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