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Hidrelétricas do Madeira

Cemig mantém posição para Jirau no consórcio Madeira Energia



Empresas só vão abrir para quem venderam a energia disponibilizada para o mercado livre de Santo Antônio, após a conclusão do processo da segunda usina

Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Negócios
 

A Cemig confirmou nesta terça-feira, 8 de abril, que manterá a participação atual no consórcio Madeira Energia para concorrer a concessão da hidrelétrica de Jirau (RO-3.300 MW), prevista para ir a leilão em 9 de maio. "Estamos em uma posição bastante favorável para vencer a disputa por Jirau. Faz sentido manter o posicionamento", afirmou Luiz Fernando Rolla, diretor de Finanças, Relações com Investidores e Controle de Participações da Cemig, durante teleconferência com analistas nesta manhã.

O consórcio arrematou a outra usina do Complexo do Rio Madeira, Santo Antônio (3.150,4 MW), no final do ano passado. Segundo o executivo, todos os consorciados reafirmaram a disposição de se manter no grupo. "Ninguém quer abrir mão de participação por ser um investimento estratégico tanto para a Cemig como qualquer outra empresa", observa. Perguntado pelos analistas sobre o contratado de EPC, Rolla afirmou que ele está sendo discutido entre os sócios dentro dos parâmetros da governança corporativa.

O executivo adiantou ainda que o consórcio só vai se pronunciar sobre a venda de energia em Santo Antônio para o mercado livre após a conclusão do processo de Jirau. Ele acrescentou ainda que a venda foi feita por preço de mercado, sem entrar em detalhes. "Quando Jirau for concluído, vamos abrir ao mercado", resumiu.

O Madeira Energia é formado por Furnas (39%), Cemig GT (10%), Odebrecht Investimentos em Infra-estrutura (17,6%), Construtora Norberto Odebrecht (1%), Andrade Gutierrez Participações (12,4%) e Fundo de Investimentos e Participações Amazônia Energia - formada por Banif e Santander - (20%).

Mercado livre - A Cemig Distribuição (MG) identificou um movimento de consulta para retorno de consumidores livres para o mercado regulado, de acordo Rolla. "Dada a pressão dos preços e a indisponibilidade de energia no longo prazo, há o movimento de consumidores", conta o executivo, lembrando que a legislação determina um aviso com antecedência de cinco anos para o retorno a base.

"Havendo a capacidade no mercado e podendo comprar energia nos leilões de menor prazo, podendo atendê-los rapidamente. Mas a tendência é seguir a regulação", pondera. Ele vê esse movimento como transitório. "Assim que a oferta de energia se estabilizar, diminui".


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