Sexta-feira, 19 de dezembro de 2008 - 15h44
Valor Econômico - Josette Goulart
O BNDES oficializou ontem a aprovação de um empréstimo de R$ 6,1 bilhões para financiar a construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, conforme antecipou o Valor em sua edição de ontem. O empréstimo representa cerca de 50% do total do investimento a ser realizado na obra e está de acordo com a estrutura de capital divulgada pelo consórcio Madeira Energia (Mesa) no início de outubro. Além disso, serão liberados outros R$ 1,5 bilhão do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e mais R$ 503 milhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), somando R$ 8,15 bilhões ou 65,7% do total do investimento.
O banco agora se debruça sobre o financiamento de 70% dos investimentos que devem ser feitos para a construção da usina de Jirau, que junto com Santo Antônio forma o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, em Porto Velho. O presidente do Energia Sustentável, Victor Paranhos, diz que o processo já está em fase adiantada no BNDES, mas lembra que pela própria política do banco para qualquer empreendimento o empréstimo só pode ser aprovado após a concessão da licença de instalação, que está em análise no Ibama.
Até agora os sócios do empreendimento de Jirau, GDF Suez, Camargo Corrêa, Chesf e Eletrosul já aportaram R$ 300 milhões para o início das obras. No total, o aporte dos sócios chegará a R$ 3 bilhões e em 2009, a depender da concessão da licença de instalação, cerca de 30% precisarão ser investidos pelos sócios. A assessoria de imprensa da GDF Suez, que possui 50,1% do empreendimento, informou que não haverá problema para integralizar sua parte mesmo com a crise financeira internacional.
Já os sócios de Santo Antônio terão de desembolsar R$ 850 milhões durante o ano de 2009 para tocar as obras, segundo o diretor financeiro da Mesa, Rogério Ibrahim. Neste ano, a Andrade Gutierrez e a Odebrecht já aportaram R$ 350 milhões no empreendimento para dar início às obras. Os outros sócios, Furnas, Cemig e o Fundo de Investimento em Participações do Santander e Banif ainda não realizaram qualquer desembolso. O banco Santander divulgou nota ontem dizendo que está totalmente comprometido com o empreendimento. Ibrahim diz que o fundo tem um aporte de cerca de R$ 200 milhões, como previsto no edital, feito pelos dois bancos e que o planejamento prevê que as cotas do fundo sejam vendidas no futuro.
A expectativa é de que R$ 2 bilhões do empréstimo sejam liberados já em 2009 para as obras da usina e o início de pagamento dos fornecedores. O presidente do consórcio Madeira Energia, Roberto Simões, já havia divulgado em outubro que a estrutura de capital seria formada somente com 50% de empréstimo do BNDES e que a estrutura previa um projeto de financiamento com a participação de um sindicato de bancos. "Com a aprovação oficial do empréstimo só nos cabe continuar tocando o projeto e antecipar a entrada em operação da usina de maio para janeiro de 2012", disse ontem o presidente do Mesa.
De acordo com a divulgação feita pelo BNDES, o valor aprovado com o apoio do banco chegou a 46,6% do total do projeto. Com a participação dos demais agentes, o montante financiado atinge 65,7% do investimento total. Dos R$ 6,1 bilhões aprovados pelo BNDES, 50% será liberado diretamente pelo banco e a outra metade por meio dos agentes financeiros, que são o Santander, Bradesco, Unibanco, BES Investimento do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia.
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