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Hidrelétricas do Madeira

DESAFIOS: USINAS DO MADEIRA E OFERTA DE GÁS


Usinas do Madeira e oferta de gás são principais desafios do setor elétrico, avalia professor
Alana Gandra - Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os leilões das Usinas Hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia, e a oferta de gás natural para o setor elétrico são atualmente os dois grandes desafios do Brasil nessa área. Esta é a avaliação do professor Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico(Gesel), do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“Viabilizar uma modelagem de leilão que garanta a construção e execução do empreendimento das duas usinas do Rio Madeira e, por outro lado, analisar a questão da indisponibilidade de gás natural até 2010 para as termelétricas [são esses desafios]”, indicou.
Para discutir esses problemas relativos ao equilíbrio entre oferta e demanda de energia elétrica, especialistas governamentais e do setor privado estarão reunidos na quinta-feira (13) e na sexta-feira (14), no Rio. Eles participarão do 2º Seminário Internacional: Reestruturação e Regulação do Setor de Energia Elétrica e Gás Natural, promovido pelo Gesel.
Castro informou que o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp, dará aos participantes uma visão sobre o risco desses dois problemas para o equilíbrio entre oferta e demanda de energia no país. Caberá ao diretor financeiro da Eletrobrás, Luiz Augusto Pereira Figueira, abordar a atuação da estatal no setor elétrico.
Os debates envolverão ainda a questão do financiamento ao setor elétrico, com a participação do chefe do departamento de Energia Elétrica do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Siffert. Potenciais investidores interessados em participar do leilão de Santo Antônio (o primeiro do Rio Madeira), como a Chesf, também estarão presentes.
O professor da UFRJ avaliou que, mesmo sem a construção das usinas do Rio Madeira, “de antemão não há possibilidade de um novo apagão no país, a não ser que pare de chover durante dois anos”. Ele explicou que qualquer país que tem uma base hidrelétrica em seu setor de energia, caso do Brasil, depende das chuvas. “Se não chove, ele não tem água nos reservatórios para gerar energia elétrica”, ponderou. E lembrou que o ONS faz estudos semanais sobre esse tema.
Segundo Nivalde de Castro, também não há problemas de falta de financiamento ao setor. “Os leilões estão funcionando, o marco regulatório está estabilizado”, conclui.

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