Terça-feira, 24 de julho de 2007 - 13h15
Risco de racionamento de energia poderá chegar a 28% nos próximos anos
BRASÍLIA, 23 de julho - Um estudo divulgado pelo Instituto "Acende Brasil" apresentado à imprensa na semana passada, alerta que o Brasil está sob a eminência de um novo apagão elétrico caso sejam mantidas as previsões de crescimento de 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o levantamento, realizado com base em análise de dados fornecidos por órgãos do governo, há 28% de chances de haver um novo apagão energético já em 2011, caso não sejam feitos investimentos em infra-estrutura de energia.
Pelo levantamento, mesmo que a demanda por energia se reduza e não haja novos atrasos nos projetos de infra-estrutura na área, incluindo programas governamentais de incentivos à fontes alternativas de energia, o risco de o governo ter de enfrentar o racionamento é de 7% em 2010 e 16,5% em 2011.
O "Acende Brasil" chegou a esses dados ao trabalhar com informações fornecidas pelo Ministério de Minas e Energia (MME), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O estudo considerou variantes como o armazenamento de águas nos reservatórios, estímulos à construção de novas usinas, os resultados insatisfatórios do leilão de energia alternativa recentemente realizado e o termo de compromisso assinado entre Petrobrás, o MME e a Aneel sobre a oferta de gás. Também foi considerado o fato de as Unsinas do Rio Madeira não ficarem prontas antes de 2012, assim como a Usina Nuclear de Angra 3, todos vistos como saídas para o problema.
Para o presidente da EPE, Maurício Tolmasquin, o estudo não corresponde à realidade. "É um estudo alarmista, que não agrega nada de útil", disse em entrevista ao jornal paulista "Estadão".
"É uma especulação. Há investidores que querem o aumento do preço da energia e fazem um jogo pesado para aumentar os preços dos leilões de energia", completou. Para ele, o instituto está "fazendo o jogo" desses investidores.
Já o diretor da Área de Energia da Petrobrás, Ildo Sauer, classificou como "terrorista" o levantamento, segundo o jornal paulista. Ele argumentou que com a tecnologia disponível seria possível construir usinas térmicas em apenas um ano. Na Região Norte, por exemplo, a construção do Gasoduto Urucu-Porto Velho é apontada por especialistas como a obra mais rápida e prática que atenderia as principais demandas de energia da região. A viabilização desse projeto depende apenas da liberação do governo.
O presidente do instituto, Cláudio Sales, defendeu uma comunicação "transparente" entre o governo, sociedade e agentes do setor. "Esses números foram retirados de estimativas feitas pelo governo. É preciso um entrosamento entre as partes para que o problema seja resolvido", disse Sales ao jornal carioca "O Globo".
O polêmico levantamento foi feito para o instituto pela Consultoria PSR, sob o comando do respeitado especialista do setor, Mário Veiga.
Fonte: Bianca Lemos
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