Quinta-feira, 27 de março de 2008 - 12h41
Alana Gandra
Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente de Furnas Centrais Elétricas, Luiz Paulo Conde, disse hoje (27) que não pretende alterar o consórcio Madeira Energia, com o grupo Odebrecht e outros parceiros, para participação no leilão da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO). O leilão está marcado para 9 de maio.
Em dezembro passado, o consórcio venceu o leilão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a construção da usina de Santo Antonio, também no Rio Madeira, ao apresentar a menor tarifa para venda de energia, no valor de R$ 78,87 por megawatt-hora.
O consórcio fica mantido, mas poderão entrar outras empresas, como a Cemig, a Eletronorte. O espírito é que haja uma concorrência, destacou Conde, durante assinatura de contrato de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 1 bilhão, para a usina de Simplício, de Furnas, localizada no Rio Paraíba do Sul, entre os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.
A licitação que será realizada atende a determinação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no sentido de estabelecer uma competição, explicou Conde. Segundo o diretor da Área de Engenharia de Furnas, Mário Rogar, a tendência é manter o mesmo consórcio nos dois empreendimentos porque, com isso, consegue-se baratear a estrutura da empresa que vai administrar e construir as usinas.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, informou que o pedido de financiamento de Furnas para a usina de Santo Antonio já está enquadrado e que a participação máxima da instituição no investimento será de 75% seria de 80% se participasse do projeto como acionista. O contrato, acrescentou, deverá ser assinado até agosto para as obras começarem em setembro, dentro da previsão inicial. Estamos dentro do cronograma, disse.
Segundo Luiz Paulo Conde, existe o comprometimento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de conceder a licença ambiental para a usina de Santo Antonio até o final do mês e, com isso, as obras poderão começar em agosto.
Conde adiantou que em maio a estatal fará uma oferta pública a fim de buscar parceiros para o desenvolvimento de seis pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que deverão operar inicialmente no estado do Rio de Janeiro e gerar até 80 megawatts de energia.
Mário Roger explicou que a estatal procura escolher PCHs nas áreas em que atua, porque se temos outras subestações, outras instalações, fica muito mais barato manter essas PCHs, que normalmente já estão no centro de carga". E informou que Furnas já identificou outras destas centrais em Goiás e em Minas Gerais, mas deverá ser feito um estudo prévio de viabilidade, pois às vezes a central, mesmo bem posicionada, apresenta custo mais caro, problemas ambientais e compensações mais elevadas".
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