Sábado, 8 de novembro de 2008 - 18h06
Edson Lobão diz que Ibama pode autorizar antecipação de obras da hidrelétrica, mas fora do lugar que o consórcio vencedor propõe.
Ministro de Minas e Energia afirma que empresas vão pagar "multa pesadíssima", caso se recusem a realizar obra de usina no local fixado.
AGNALDO BRITO - Folha de São Paulo
O pedido do grupo Energia Sustentável do Brasil à Aneel e ao Ibama para antecipar as obras da usina de Jirau, no rio Madeira (RO), pode não dar certo, alertou ontem o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão. O ministro disse que o Ibama deve liberar hoje a montagem do canteiro de obras da hidrelétrica e o início da construção da barragem no leito do rio.
Ontem, o Ministério do Meio Ambiente informou que não há previsão para concessão da licença ambiental para o início das obras da usina de Jirau.
Lobão disse ainda que a empresa corre o risco de receber a autorização da agência ambiental para as obras não permanentes, mas no local original do leilão, na Cachoeira Jirau, e não na Ilha do Padre, onde quer a empresa. Com isso, o consórcio pode estar diante de um dilema: desistir de antecipar a obra e assumir o atraso ou iniciar a obra onde não quer. Procurado, o consórcio não quis falar sobre a atual situação.
"Essa autorização [para as obras não permanentes] deve ser concedida ainda nesta semana, portanto a tempo de se aproveitar a janela hidrológica. O que não sei, e não posso interferir, é se a licença será dada para um local ou para outro. Ou seja, para a [Cachoeira de] Jirau ou para a Ilha do Padre", disse ontem o ministro. Uma fonte próxima ao consórcio disse que, se isso for decidido dessa forma, o processo "pára".
O pedido de antecipação da obra tinha como objetivo aproveitar a chamada janela hidrológica, que está terminando. Sem essas obras, o projeto ficará parado até pelo menos fim de março, quando se encerra o período de chuvas, e a vazão do rio Madeira volta ao normal.
A Energia Sustentável - consórcio da franco-belga Suez, Camargo Corrêa e as estatais Eletrosul e Chesf - venceu o leilão de Jirau e anunciou que a tarifa ofertada estava condicionada ao deslocamento de 9,2 quilômetros do eixo da barragem.
O grupo rival na disputa, liderado pela Odebrecht, questionou a mudança e já informou que vai brigar na Justiça se houver uma eventual decisão favorável da Aneel e do Ibama autorizando a mudança.
Questionado sobre uma eventual decisão do consórcio Energia Sustentável em não querer construir o projeto na posição original prevista no leilão, o ministro Lobão disse que a empresa não pode tomar essa posição. "[A empresa] é obrigada a fazer [a usina]. Ela ganhou o leilão e assinou o contrato de concessão. Ou ela faz ali, ou ela desiste. Se desistir, a empresa pagará uma multa que é pesadíssima. Aliás, já apresentou as garantais da multa. Ela não tem alternativa. Ou constrói ali, ou paga a multa", disse Lobão.
Fonte: Folha de São Paulo.
Iniciadas as obras de proteção das margens do rio na região da Madeira-Mamoré
A população de Porto Velho pode comemorar o início das obras que fazem parte do importante projeto de revitalização do complexo da Estrada de Ferro
Hidrelétrica Santo Antônio completa quatro anos de geração
Porto Velho, março de 2016.Dia 30 de março marca os quatro anos desde o início de geração da Hidrelétrica Santo Antônio, localizada no rio Madeira, em
Estudantes de engenharia elétrica do acre visitam Jirau
O canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Jirau foi cenário de estudo dos estudantes do primeiro período do curso de Engenharia Elétrica da Universida
Governo faz mega desapropriação em Belo Monte
BRASÍLIA – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) formalizou na última terça-feira (3) a última desapropriação de terras para a construção da