Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Hidrelétricas do Madeira

Governo reafirma que mudança na Usina de Jirau não vai aumentar impactos da obra



Representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Agência Nacional de Águas (ANA) disseram hoje (10) que a mudança do local da construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO), não vai aumentar os impactos ambientais e econômicos do empreendimento.

Em audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, o presidente do Ibama, Roberto Messias, reconheceu que todo projeto como esse gera impactos ambientais, mas garantiu que a mudança não vai agravar o problema.

"É evidente que um empreendimento deste porte tem impactos importantes. Alguns são positivos, outros negativos, em um local ou outro. Desse balanço, a conclusão é que não há agravantes nos impactos", afirmou.

Depois de ter sido anunciado como vencedor da disputa para construção da usina, o consórcio Energia Sustentável do Brasil anunciou que a barragem seria construída 9,2 quilômetros abaixo do ponto original. Segundo os empreendedores, isso vai possibilitar que sejam feitas menos escavações, diminuindo os impactos ambientais e os custos, além de antecipar o cronograma da obra.

O assessor da Superintendência de Concessões de Geração da Aneel, Humberto Cunha dos Santos, lembrou que o deságio entre o preço final do megawatt-hora da usina em relação ao teto estipulado para o leilão foi de 21,6%. "Durante os 30 anos de vigência do contrato, o consumidor terá esse benefício, representado na modicidade tarifária", afirmou.

Santos disse que o consórcio que perdeu o leilão para a construção da Usina tinha condições para oferecer uma proposta mais baixa. Ele lembrou que o grupo, formado pelas empresas Odebrecht e Furnas, foi o responsável pelos Estudos de Impacto Ambiental do empreendimento.

"Se alguém tinha mais informação nesse processo era de fato quem está há mais tempo estudando o Rio Madeira, que é o consórcio que ofereceu o lance maior", disse. Segundo ele, o edital impõe alguns balizamentos, mas não fala onde a obra deve ser construída.

O Superintendente de Outorga e Fiscalização da ANA, Francisco Lopes Viana, afirmou que, mesmo se não houvesse nenhuma mudança no eixo, o projeto seria analisado novamente. "As características que nos foram colocadas para análise foram alteradas, e estão sendo analisadas de maneira total. Mas, mesmo se não tivesse mudado nada, nós faríamos uma auditoria técnica novamente", disse.

Sabrina Craide
Agência Brasil


Gente de OpiniãoDomingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Iniciadas as obras de proteção das margens do rio na região da Madeira-Mamoré

Iniciadas as obras de proteção das margens do rio na região da Madeira-Mamoré

A população de Porto Velho pode comemorar o início das obras que fazem parte do importante projeto de revitalização do complexo da Estrada de Ferro

Hidrelétrica Santo Antônio completa quatro anos de geração

Hidrelétrica Santo Antônio completa quatro anos de geração

Porto Velho, março de 2016.Dia 30 de março marca os quatro anos desde o início de geração da Hidrelétrica Santo Antônio, localizada no rio Madeira, em

Estudantes de engenharia elétrica do acre visitam Jirau

O canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Jirau foi cenário de estudo dos estudantes do primeiro período do curso de Engenharia Elétrica da Universida

Governo faz mega desapropriação em Belo Monte

BRASÍLIA – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) formalizou na última terça-feira (3) a última desapropriação de terras para a construção da

Gente de Opinião Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)