Sexta-feira, 25 de janeiro de 2008 - 07h06
São Paulo - O consórcio liderado pelo grupo Odebrecht e a geradora estatal de energia Furnas está em pleno processo de negociação com os bancos do financiamento de quase 40% dos recursos que serão usados para construir a primeira hidrelétrica do rio Madeira, Santo Antônio, leiloada no fim do ano passado. O consórcio admite que mantém conversas com um conjunto de instituições financeiras que poderá incluir Santander, Bradesco e Banco do Brasil, entre outros.
Apesar de o valor da obra não ter sido revelado, estimativas do governo federal apontam que a hidrelétrica não custará menos de R$ 9 bilhões. A negociação com os bancos, portanto, é de no mínimo R$ 3,4 bilhões. "O projeto financeiro prevê que 37,5% saia desse pool de bancos e ao redor de 25% das mãos dos integrantes do consórcio", explica o presidente do Madeira Energia, Irineu Meireles, que preferiu não revelar detalhes sobre a negociação em curso com as instituições financeiras. O BNDES deverá financiar os 37,5% restantes da usina de Santo Antônio.
O Madeira Energia, vencedor do leilão, agrupa Odebrecht (17,6%), Furnas (39%), Cemig (10%), Andrade Gutierrez Participações (12,4%), Santander/Banif (20%) e Construtora Norberto Odebrecht (1%).
A negociação do financiamento da usina de Santo Antônio é importante porque poderá acabar balizando o modelo da segunda hidrelétrica do Madeira, Jirau, que o governo pretende licitar ainda no primeiro semestre. O custo da usina também deve beirar, no mínimo, R$ 9 bilhões.
O setor elétrico - ao lado do de mineração - é um dos que mais devem demandar financiamentos em 2008 por conta das operações bilionárias em andamento. O governo paulista, por exemplo, quer vender o controle da Cesp, que tem seis usinas que geram 7,45 mil megawatts (MW). Estima-se que os 43% do governo paulista rendam R$ 7 bilhões. Outra venda que promete exigir um bom volume de recursos é o leilão da Brasiliana, dona da maior distribuidora da América Latina, a Eletropaulo, e da geradora Tietê, além de outros ativos. Controlada pelo BNDES (49,99%) e americana AES (50,01%), o ativo é avaliado em US$ 7 bilhões.
Executivos de bancos de investimento crêem que há um bom apetite para papéis de renda fixa e até ações de empresas de energia. Mas a incerteza externa está tão ruim que a a filial brasileira do grupo americano Duke Energy teve de desistir temporariamente nesta semana de uma emissão de duas séries de debêntures que totalizariam R$ 750 milhões. A suspensão valerá por 60 dias. Procurada, a Duke disse que os recursos tinham como destino o pagamento de uma dívida de R$ 1,01 bilhão com a estatal Eletrobrás, que vencerá em 15 de maio de 2013. A empresa não esclareceu, contudo, se o pagamento antecipado poria fim no débito ou se seria necessário outra operação adiante.
Fonte: Valor Econômico/MC
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