Sexta-feira, 13 de julho de 2007 - 17h49
As empresas que vão participar do leilão para a construção das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau já solicitam das executoras de cursos especializados, um levantamento da quantidade de mão-de-obra capacitada disponível no mercado, em decorrência dos cursos do Planseq (Plano Setorial de Qualificação). A boa noticia veio na manhã desta sexta-feira (13), durante visita do secretário municipal de Desenvolvimento Socioeconômico, José Gadelha, aos núcleos de cursos do Planseq.
Como é o caso do Senac, uma das instituições parceiras do programa de profissionalização que o Governo Federal desenvolve através do Ministério do Trabalho, e agora é realizado pela Prefeitura de Porto Velho, através da Semdes, com o objetivo de garantir mais vagas para a mão-de-obra local, quando começar a construção das usinas do Rio Madeira.
Com mais de 70 cursos de formação profissional, o Planseq é o maior empreendimento no setor já realizado por uma prefeitura em Rondônia. Os cursos estão sendo desenvolvidos através de parcerias entre a Prefeitura de Porto Velho e cerca de 12 instituições, a exemplo do Senac e Senai. O programa é realizado em três núcleos que funcionam no Senac da avenida Farquar, no Senac da Jatuarana e no Senac do bairro São Francisco. A distribuição foi organizada para facilitar o acesso de todas as comunidades. São cursos de armador, montador de cimbramento, oficial vibradorista, montador industrial, instalador de rede de telecomunicações, bobinador e montador, embutidos e defumados e fabricação de produtos derivados do leite; e outros considerados entorno, como relações humanas, frentista de posto, garçom e garçonete, agente de vigilância sanitária, operador de computação, repositor de mercadoria, fabricação de produtos de higiene e limpeza, tapeçaria em geral e técnicas de congelamento de alimentos.
Na primeira etapa, em maio, foram milhares de inscritos que precisaram preencher alguns requisitos: ter no mínimo 18 anos, escolaridade mínima da 4ª ou 5ª série e disponibilidade para cumprir a carga horária exigida, além de apresentarem a documentação exigida. Quem esperou na fila e acreditou no resultado se diz muito satisfeito hoje. "Eu já to terminando o curso de salgadeira e já vou poder trabalhar com isso por conta própria, mas to mais feljz ainda porque a minha filha que foi classificada em primeiro lugar no curso de auto-card, já ta empregada", fez questão de dizer a dona de casa Joelma Costa.
Durante a visita do secretário José Gadelha e do coordenador municipal do Planseq, Carlos Oliveira, também foram tratados alguns assuntos como os caminhos para amarrar o compromisso das futuras construtoras, em contratar a mão-de-obra local. "Nós vamos cobrar das empresas, esta co-participação para diminuir o desemprego na nossa capital, assim como também estamos projetando outras maneiras para que os nossos profissionais sejam aproveitados pelo mercado de trabalho, independentemente das usinas", disse Gadelha, voltando a afirmar que um dos objetivos destas capacitações é o investimento que a prefeitura está fazendo nas pessoas. "Este é o maior plano de qualificação já realizado no estado, e nós constatamos o interesse das pessoas quando grandes filas foram formadas para as incrições, e quando a gente lida com as expectativas das pessoas nossas responsabilidades aumentam ainda mais", disse o secretário.
Um os professores dos cursos, o turismólogo Marchelmo Marin também manifestou a satisfação de fazer parte do processo. "Eu mesmo tenho alguns alunos no Planseq que, mesmo sem ter terminado o curso, já estão empregados, e esse resultado é com certeza a confirmação de que estamos no caminho certo", argumenta o professor. Elevação da Escolaridade A necessidade do Planseq foi comprovada pela grande procura dos interessados em fazer algum curso de capacitação, mas um dos objetivos que é conseguir uma vaga no mercado de trabalho ainda esbarrava em outra situação: a falta de escolaridade, requisito básico na maioria das ofertas de empregos.
A Semdes também se preocupou com isso e lançou a Elevação da Escolaridade, um projeto que está sendo desenvolvido paralelamente ao Planseq, através de um convênio de cooperação técnica com a Seduc e futuramente com a Semed. Quem está inscrito em algum curso do Planseq, agora também vai poder cursar o ensino fundamental e o médio, em sistema supletivo, ou seja uma série a cada seis meses. É a qualificação aliada a elevação da escolaridade "Quando nós começamos a projetar o Planseq, algumas pessoas temiam que o município fosse desperdiçar um dinheiro que ninguém sabia se iria ter retorno, porque as hidrelétricas corriam o riso de nem serem construídas em Porto Velho e nós afirmamos que independente de usinas ou não, nós estaríamos investindo em pessoas, na capacitação dos profissionais e isso já era um resultado positivo" argumentou o secretário. Banco de Gente Todos os participantes dos vários cursos vão fazer parte de um banco de gente, que já está sendo implantado pelo Senac e Semdes. "Os selecionados provavelmente serão os primeiros indicados quando a mão-de-obra local for solicitada", argumenta Nina Cátia, coordenadora de cursos do Senac. "O cadastro dos nossos profissionais capacitados pelo Planseq, vão estar disponíveis não só para as usinas, mas também para outros empreendimentos", acrescenta.
A Prefeitura se prepara para capacitar mais 5 mil profissionais no próximo ano. Para o prefeito Roberto Sobrinho, o interesse da população em ser capacitada coincide com a meta da Prefeitura: a realização da qualificação profissional, uma das grandes metas do Governo Federal. "A qualificação profissional é uma das maneiras de proporcionar mais oportunidades de emprego para a nossa população. Um cidadão capacitado tem muito mais chances quando disputa uma vaga no mercado de trabalho e esse é o nosso objetivo junto às hidrelétricas, ou seja, aproveitar o máximo da mão de obra local nesse empreendimento que está tendo uma atenção especial por parte do presidente Lula, beneficiando a nossa capital", enfatizou o prefeito.
Fonte: Ascon
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