Impactos da Usina de Santo Antônio é tema de reunião

As ações para amenizar os impactos que podem ser causados ao meio ambiente e às populações ribeirinhas foram tema de reunião realizada na manhã desta terça-feira (25), em um hotel no centro de Porto Velho. O motivo para o encontro foi a apresentação do Plano Básico Ambiental (PBA) da Usina Santo Antônio, cujo início das obras está previsto para o segundo semestre deste ano.

Estiveram presentes ao evento o prefeito Roberto Sobrinho, e os secretários municipais Josélia Saraiva (Agricultura), Epifânia Barbosa (Educação), Wilson Corrêa (Fazenda), Sid Orleans (Saúde), José Carlos Gadelha (Desenvolvimento Econômico Local), além dos representantes do Ministério Público Estadual, do Governo do Estado e movimentos ligados à preservação do Meio Ambiente.

O objetivo da reunião foi levar ao conhecimento dos participantes as ações que serão desenvolvidas em torno da obra que vai gerar energia elétrica para a cidade e grande parte do país. Também serão compartilhadas as responsabilidades que envolvem todos os segmentos da sociedade e dos poderes públicos. O PBA foi apresentado pelo diretor de Projetos Ambientais da construtora Norberto Odebrecht, Sérgio Leão, que é uma das responsáveis pela construção da hidrelétrica.

Segundo Leão, antes da construção vem o estudo de impacto ambiental, chamado de EIA-RIMA, apresentado ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Depois, segue o PBA, que foi apresentado ao órgão federal no dia 13 de fevereiro deste ano. Após as análises de técnicos do Ibama, vêm a licença de instalação e construção da obra, que está prevista para ser liberada no mês de Agosto de 2008.

Segundo informações da construtora Norberto Odebrecht, foram seis anos de trabalho entre a elaboração do EIA-RIMA e do Plano Básico Ambiental. Mas, a pesquisa foi feita com a colaboração de várias entidades como a Fundação Rio Madeira (Riomar), Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Fundação Djalma Batista (Universidade Estadual do Amazonas), Companhia de Pesquisa dos Recursos Minerais (CPRM), entre outras.

"Este PBA é importante para mostrar à sociedade que não estamos preocupados apenas em ganhar dinheiro. É importante cuidar da Amazônia, ainda mais que há um interesse mundial em preservá-la. Neste plano estão previstas ações para combate à malária, deslocamento de ribeirinhos de áreas atingidas, pesquisas envolvendo a proteção da fauna e flora da região, entre muitas outras. No total, são 27 projetos que serão desenvolvidos até o final da construção da UHE Santo Antônio", afirma Sérgio Leão.

"É de muita valia este encontro com todos os responsáveis pelos poderes públicos da cidade de Porto Velho e do Estado de Rondônia. Assim, podemos dividir as responsabilidades e juntos executarmos as ações que vão atenuar os possíveis impactos ambientais com a construção da Usina de Santo Antônio. Quem ganha somos todos nós e o meio ambiente", diz Wilson Correia, Secretário Municipal de Fazenda.

Mais sobre as hidrelétricas

A Usina Hidrelétrica de Santo Antônio será a segunda maior produtora de energia elétrica do Brasil, ficando atrás apenas da UHE Binacional de Itaipu, localizada em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Já a unidade de Jirau, cujo leilão está previsto para o mês de maio deste ano, será instalada a 130 quilômetros de Porto Velho e também desenvolverá ações para a preservação da Floresta Amazônica e todos os seus ecossistemas.

Fonte: Ascom