Quinta-feira, 6 de dezembro de 2007 - 07h04
De acordo com uma estimativa informal da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero), Porto Velho deverá atrair R$ 2,5 bilhões por ano,
entre recursos gerados pelas próprias obras e investimentos públicos e privados.
Apenas as obras devem gerar mais de R$ 1 bilhão por ano ao longo dos oito anos de construção - cada usina é avaliada em R$ 9,5 bilhões - e espera-se que boa parte desse dinheiro fique em Rondônia.
Além disso, só em recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), a capital vai receber R$ 645 milhões para obras de saneamento básico e melhorias na infra-estrutura urbana, incluindo construção de moradias e extensão da já saturada malha viária.
"Nós encaramos o empreendimento como uma oportunidade não só para a geração de emprego e distribuição de renda, mas também para que o município possa resolver os problemas de infra-estrutura", afirma o secretário de Planejamento de Porto Velho, Israel Batista Xavier.
Prédios
Pelo menos 30 prédios e dois shoppings estão sendo erguidos na capital, que até dois anos atrás era praticamente horizontal, um boom do setor de construção civil que muitos atribuem à perspectiva das usinas.
Seria uma tentativa de se antecipar à vinda das 100 mil pessoas que deverão migrar em Porto Velho em busca de um trabalho nas usinas. As duas obras deverão empregar 20 mil pessoas diretamente. Em empregos indiretos, seriam mais 40 mil ou até 60 mil vagas.
Entusiastas do projeto citam o anúncio dos planos da Votorantim de abrir uma fábrica com capacidade de produzir 400 mil toneladas/ano de cimento em Porto Velho como um indício de que as usinas vão levar outras empresas a se instalar na cidade.
Os críticos, porém, dizem que esses investimentos deverão se limitar às demandas imediatas dos empreendimentos e questionam se vão se sustentar a longo prazo.
"São coisas pontuais, ligadas umbilicalmente às obras", diz o historiador Iremar Ferreira, da Campanha Rio Madeira Vivo, rede de ONGs contra as usinas. "Podemos voltar a ter a mesma situação que Porto Velho teve na época do garimpo. Passou a febre do ouro, para onde vai essa população que esteve atrás de emprego? Foi aumentar as periferias de Porto Velho."
Antonio Marrocos, da Fiero, diz que o fato é que sem as usinas esses recursos não estariam entrando e defende que Porto Velho só pode estar melhor quando terminarem as obras.
"A gente não tem a expectativa de que a usina vai resolver todos os problemas, mas a construção delas é que de fato está provocando a liberação de recursos para resolver uma série de necessidades básicas da população que não são atendidas e que não seriam atendidas não fosse a existência das usinas."
O gerente regional de Furnas, Afonso Goulart, destaca também que o projeto precisa ser visto no contexto nacional, considerando as necessidades energéticas do país e o fato de que até agora elas vêm sendo atendidas em maior parte pela região sul.
"A região Sul, Sudeste e Centro-Oeste já deu a sua contribuição na geração de energia, isso é indiscutível porque todo bem que temos aqui (em Rondônia), de roupa, calçado, etc, vem daquela região."
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