Segunda-feira, 8 de setembro de 2008 - 20h25
Kelman afirma que edital permite mudança de eixo da usina. EPE ratifica realização do leilão de LTs do Madeira nos próximos meses
Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, de São Paulo*, Negócios
A área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica está trabalhando para dar um parecer sobre o projeto básico da hidrelétrica de Jirau (RO-3.300 MW) ainda este ano. Segundo Jerson Kelman, diretor-geral da Aneel, o edital permite a mudança de eixo da usina, um dos principais pontos de disputa do projeto, porque foi baseado no estudo de inventário.
"O edital traz o estudo de viabilidade que serve para verificar se a usina é viável e qual o preço-teto para o leilão. É possível modificar o traçado, não se trata de obra pública", frisou o diretor nesta segunda-feira, 8 de setembro, ao participar do 1º Seminário Exame de Energia Renovável, em São Paulo.
Mas ele salientou que não há prognóstico sobre a aprovação do projeto básico porque há outras variáveis a serem levadas em consideração. "A Aneel leva em consideração se o recurso natural está sendo usado de forma ótima", afirmou.
Transmissão - O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, assegurou que o leilão das linhas de transmissão do complexo do Rio Madeira será realizado ainda este ano. Ele afirmou que a data ainda não foi estabelecida porque o Tribunal de Contas da União pediu um prazo maior para analisar o edital.
A Aneel marcou para a próxima quinta-feira, 11 de setembro, uma reunião extraordinária para analisar a minuta do edital. O TCU está previsto para entregar o seu parecer no dia anterior. Tolmasquim lembrou que ficará a cargo do empreendedor decidir pela tecnologia se híbrida - corrente contínua e alternada - ou só corrente contínua.
"A idéia é que o empreendedor que dê o preço mais baratos na tecnologia, seja híbrida ou corrente contínua, leve o empreendimento", afirmou. Tolmasquim ressaltou ainda que a energia do Madeira será prioritária para a região das usinas, sendo o excedente exportado.
"Independente da solução, haverá uma linha de corrente alternada paralela a essas linhas, que permitirão que toda a região entre Rondônia e São Paulo aproveite a energa", ressaltou.
* O repórter Alexandre Canazio viajou a convite da Energias do Brasil
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