Sexta-feira, 16 de maio de 2008 - 11h17
Professor do Gesel/UFRJ espera que redução dos custos reflita nos deságios oferecidos pelos grupos concorrentes
Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Negócios
O leilão da hidrelétrica de Jirau (RO-3.300 MW) marcado para próxima segunda-feira, 19 de maio, terá tanta ou mais competição quanto o da usina de Santo Antônio (3.150,4 MW), primeiro projeto do Complexo do Rio Madeira licitado em dezembro passado. As condições da economia mudaram, favoralvemente, nesses cinco meses, que separam os eventos, segundo o professor Nivalde de Castro, do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ. "Acho que o preço não ficará próximo do teto. Vai ter competição", aposta o especialista, referindo-se ao preço-teto de R$ 91 por MWh.
O professor aponta a redução do custo de financiamento, o mais significativo do empreendimento, como a principal razão dessa constatação. Nos últimos meses o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social e o Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço garantiram recursos. O FI-FGTS terá R$ 2 bilhões para a usina, confirmou a Caixa Econômica Federal. O BNDES melhorou as condições de financimaneto em relação à usina de Santo Antônio, e deu prazo até o fim do ano para começar a liberar os recursos.
Além disso, os investimentos na expansão do setor elétrico tem isenção de impostos através do Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura. "Com a política industrial há uma maior desoneração fiscal e isenção do IOF. As equipes dos consórcios estão calculando isso", disse Castro, que participou do seminário "Investment Grade: Impacto no Setor Elétrico". O grau de investimento dado pela Standard & Poor's no final de abril também pesa na redução dos spreads pagos nos financiamentos.
Participam do leilão: consórcio Energia Sustentável do Brasil - formado pelas empresas Suez (50,1%); Camargo Corrêa S/A (9,9%); Eletrosul (20%) e Chesf (20%). E o Jirau Energia composto por Odebrecht Investimentos em Infra-Estrutura (17,6%); Construtora Norberto Odebrecht (1%); Andrade Gutierrez Participações (12,4%); Cemig GT (10%); Furnas (39%) e Fundo de Investimentos e Participações Amazônia Energia II (FIP - formado pelos bancos Banif e Santander) (20%).
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