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Hidrelétricas do Madeira

Mais 4 sócios na disputa da Usina de Santo Antônio


Conversações devem ser concluídas ainda esta semana, pois interessados têm até o dia 20 para entregar documentação
Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Negócios
Com todas as condições postas, os consórcios se mexem para fechar a configuração para aumentar a musculatura para a disputa pela hidrelétrica de Santo Antônio (RO-3.150,4 MW). O Amazonas Madeira Energia, formado por Camargo Corrêa (51%) e Chesf (49%), está em intensas negociações com quatro novos possíveis parceiros. "São investidores tradicionais do setor de energia", afirma João Canellas, diretor do Amel, sem divulgar os nomes das empresa. Ela adiantou, no entanto, que não há autoprodutores entre os contendores.
As negociações têm prazo para serem concluída, pois os interessados em entrar no leilão têm até o dia 20 de novembro para entregar a documentação. O certame está marcado para o dia 10 de dezembro na sede da Agência Nacional de Energia Elétrica. Canellas acredita que as conversações estejam concluídas antes do feriado da Proclamação da República, no próximo dia 15. Os novos sócios entrarão na fatia pertecente a própria Camargo Corrêa no consórcio.
"Após o leilão, os sócios estratégicos devem entrar na parte da Chesf, no caso do BNDESPar, e parte privada, no caso dos fundos de investimento", observa o executivo. Quanto ao preço da energia, Canellas reafirma que não espera um grande deságio devido ao alto preço da transmissão. Dos R$ 122 por MWh de preço-teto, R$ 24/MWh irão para o transporte da energia, ou seja, a geração será remunerada com R$ 98/MWh, calcula.
"O preço vai começar em baixa, mas o limite de decida é pequeno por causa dos custos da obra", observa Canellas, em referência aos R$ 10 bilhões estimados para a obra. Ele disse que o fator Alfa, estabelecido em 0,0001, não deve influenciar no preço final. O valor baixo mais o limite de 30% da energia disponibilizada para o mercado livre vão gerar um desconta na casa dos centavos, salienta o executivo. Contudo, frisa Canellas, isso coloca mais peso nas condições de financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social.
Ele explica que o BNDES exige um contrato de venda pelo menos com a duração do financiamento e classificação de risco adequada. Com isso, os contratos a serem fechados no mercado livre terão que ser de longo prazo. O banco irá financiar até 75% do investimento total em Santo Antônio.
A reportagem da Agência CanalEnergia procurou os concorrentes do Amel, mas eles preferiram não se pronunciar na reta final dos preparativos para o leilão. O Amel irá disputar com os consórcios Suez/Eletrosul; Alusa/Eletronorte/Schahin Engenharia/Impsa/UTC/fundo administrado pelo Meinl Bank; e Furnas/Odebrecht.
A Odebrecht negocia a entrada da Cemig no consórcio com 10% de participação. O consórcio conta ainda com um fundo de investimentos privados formado por Santander/Banif, anunciado em agosto, e contratos de exclusividade com fornecedores de equipamentos: VA Tech, Voith Siemens e Alstom.

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