Segunda-feira, 10 de dezembro de 2007 - 08h43
Os movimentos contrários ao complexo das usinas do rio madeira fazem protesto hoje a partir das 8 horas da manhã. O evento começa em frente à igreja Nossa Senhora das Graças, na avenida nações unidas, segue o trajeto pela 7 de setembro e termina com ato público na praça Jonathas Pedrosa.
De acordo com o professor (UNIR) Luis Novoa, em entrevista ao historiador Francisco Matias na Rádio Transamazônica FM, não houve debate e pouco contraditório às questões levantadas em razão dos futuros problemas que serão criados pelas usinas do rio madeira. Para Novoa, esse leilão é mais que do que vender as usinas, ele dá o direito de exploração do rio madeira nesse trecho compreendido de Santo Antônio a Jirau, e também vai abrir os pré-requisitos para os demais leilões que viram, não só de Jirau, mas também outros que querem fazer na Bolívia e mais a hidrovia.
Segundo Novoa, quem vai ter condições de acessar esse leilão serão os grandes grupos econômicos, o que na prática significa que o estado está privatizando esses recursos naturais, que são delicados, estratégicos e de uma grande complexidade que não foram devidamente estudadas. O professor afirma que "a privatização mal feita, no escuro, sem controle da sociedade, sem que isto reverta em benefícios reais para a população brasileira, principalmente para a cidade de Porto Velho e Rondônia, que é dona desse rio, é esse o título do planfleto que vamos distribuir, "QUEM É O DONO DO MADEIRA".
Chamamos atenção para o volume recursos envolvidos nestes projetos. Veja o seguinte, diz Novoa, quem coloca R$ 43 bilhões (no projeto do complexo inteiro, isso incluindo as hidrovias) são grandes empresas. Então quem pode colocar esse dinheiro hoje e esperar dez anos para ter lucro, tem que ter muito cacife, tem que ter muito capital, não vai ser pequena, média e nem empresa estatal, o que vai acontecer é que o BNDES vai financiar parte deste empreendimento mas com suporte do BID, ou seja, é capital internacional que escora este investimento.
Novoa diz ainda, não podemos ser ingênuo, com um volume deste de capital investido aqui, a empresa vencedora do leilão vai querer exigir os seus requisitos, critérios, além de impor as suas regras e aí nós ficamos numa situação muito apequenada.
Para Novoa, as nossas autoridades ao invés de representar e exigirem os nossos direitos, ao contrário facilitam o processo, agilizam e aceleram o leilão. Este modelo de desenvolvimento demonstra com muita clareza que a energia não ficará aqui, e o emprego será temporário, na verdade a riqueza e o investimento que vai ser feito aqui, vai reverter apenas para concentração de renda destes grupos econômicos. Então há uma estratégia nacional no sentido de impedir maior fortalecimento de quem já é forte. Os nossos recursos naturais é tem que ser preservado para ser socializado e distribuir rendas em nosso país.
Segundo Novoa, a alternativa é trabalhar com menores escalas, repensar o padrão de demanda de energia do Brasil, porque que grande parte é para atender indústria de alumínio ou celulose por exemplo, e que gastam mais que cidades inteira como Porto Velho. Então não se pode subsidiar a R$ 0.9 centavos o kilowates hora para estas empresas, enquanto nós pagamos R$0.70, R$0,80 centavos chega quase a um real, ou seja nós temos uma desigualdade muito grande no preço da energia, subsidiando as grandes empresas, então falar de apagão sem falar da questão dos subsídios que o governo dá é deslealdade e falta de lealdade na argumentação.
Fonte: Gentedeopinião com informações da rádio transamazônica FM – Programa do historiador Francisco Matias.
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