Quarta-feira, 8 de outubro de 2008 - 18h18
Ministro das Cidades reforçou a importância de ação conjunta entre os três entes federativos na mitigação dos efeitos das usinas em Rondônia
Valverde: “Reconhecemos a importância econômica que a construção das usinas gerarão, mas não podemos deixar de nos preocupar com os efeitos socioeconômico”.
O Coordenador da Bancada de Rondônia, deputado Eduardo Valverde (PT/RO) e representantes do movimento Pensando Porto Velho, que reúne cerca de 20 entidades, entre elas o Senge, Crea, Adecon/Puva, solicitaram nesta quarta-feira(8) ao Ministro das Cidades, Márcio Fortes, que o ministério seja um parceiro atuante na mitigação dos problemas urbanos que serão agravados pela construção da hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau.
O município de Porto Velho, com 94 anos de existência, conta hoje uma população de 371.791mil. Número que será ultrapassado em 30% em cinco anos, acarretando um caos urbano sem precedentes.
Segundo o ministro, o Governo Federal está atento a essas mudanças no estado, tanto que destinou para 2007-2010, R$ 526 milhões para obras de saneamento e habitação. Sendo que para o tratamento de água e esgoto são R$ 351 milhões e para habitação R$ 175 milhões.
Conforme Fortes, é preciso uma ação integrada entre os governos Federal, Estadual e Municipal para combaterem os problemas urbanos que serão gerados em Rondônia. Para isso, o ministro sugeriu uma reunião, que será realizada ainda este mês, com o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, os técnicos do ministério e os representante do Pensando Porto Velho para analisarem o Plano Diretor (lei estadual que estabelece diretrizes para ocupação da cidade) e o estudo do Impacto de Vizinhança e verem quais ações podem ser implementadas.
De acordo com o representante do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea)de Rondônia, Jorge Luiz Alves, quando há uma obra dessa grandiosidade, como a do complexo do Madeira, o Estudo de Impacto de Vizinhança é fundamental. Segundo Jorge, com esse estudo é possível se identificar e avaliar os efeitos positivos e negativos que os empreendimentos podem causar e apontar soluções para saná-los.
Segundo Jorge Luiz, entre as questões que precisam ser analisadas e que foram levantadas pelo Crea , Senge e Adecon, estão : o adensamento populacional, a capacidade de infra-estrutura instalada para atender a nova demanda gerada pelo empreendimento, o aumento da discrepância entre a capacidade ociosa e de pico do sistema de transporte, a prestação e a qualidade dos serviços públicos sociais, entre eles educação, saúde, assistência social e sobretudo segurança.
Para o deputado Valverde, mesmo com o apoio do Governo Federal no PAC- Obras , elas isoladamente não são suficientes, visto que haverá um aumento considerável da população oriunda de todo o Brasil para o andamento do empreendimento.
Conforme o parlamentar, Rondônia já está sofrendo os impactos do inchaço populacional, sobretudo na rede escolar e hospitalar que não estão comportado a demanda. Outra preocupação levantada na ocasião foi em relação a segurança pública, que é fundamental para coibir o aumento da criminalidade. " Reconhecemos a importância econômica que gerará a construção do complexo do madeira para nosso estado, mas, não podemos deixar de nos preocupar com os possíveis malefícios que a falta de planejamento socioeconômico pode ocasionar. E esse ônus Rondônia não quer arcar sozinho, pois o benefício das hidrelétricas interessa a todo o País", ressaltou.
Fonte: Leila Denise
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