Terça-feira, 25 de março de 2008 - 13h26
Modelo de transmissão de energia gerada pelas usinas é tema de estudo
O modelo de transmissão de energia elétrica, gerada pelas usinas de Santo Antônio e de Jirau, no rio Madeira, em Porto Velho (RO), que está sendo estudado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) – e já em análise pelo Ministério das Minas e Energia, tem sido motivo de preocupação de entidades rondonienses, que temem que toda a Região (Acre, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) não recebam os benefícios desse mega-empreendimento energético.
De acordo com o estudo do EPE, já divulgado na grande mídia e discutida em seminários técnicos, o Governo Federal já está analisando três possíveis alternativas – Transmissão em Corrente Alternada, Transmissão em Corrente Contínua e Transmissão em Corrente Híbrida (Corrente Contínua e Alternada, simultaneamente). Em Rondônia, várias entidades, como o Crea-RO e o Senge/RO, têm promovido encontros e debates, onde foi produzido um documento em que se posicionam à favor da Transmissão em Corrente Alternada, por ser a mais apropriada para atender, não só do País, mas sobretudo toda a Região.
Segundo a sugestão das entidades, a Transmissão em Corrente Alternada permite a “Inserção Regional Já”, diretamente através das Subestações intermediárias que serão construídas ao longo da linha de transmissão, fundamental para o desenvolvimento regional. “Este sistema, que é naturalmente seccionado, prevê a construção de Subestações de 500 kV ou 765 kV (em análise) nas cidades de Ji-Paraná e Colorado do Oeste, em Rondônia. No Mato Grosso, estão previstas conexões em Jauru, Cuiabá, Cachoeira Alta e Ribeirãozinho”, esclarece o documento.
As entidades acreditam que a Transmissão em Corrente Contínua é prejudicial ao desenvolvimento, na medida em que trará conseqüências desastrosas para Rondônia e região, pois levará toda a energia das usinas do Madeira diretamente para São Paulo, sem possibilidade de serem aproveitadas pelas cidades por onde passará a linha de transmissão. Nesse modelo, só uma pequena parcela de energia ficaria em Rondônia e, assim, a inserção regional estaria dependente da construção de um outro sistema de Corrente Alternada ou do reforço do sistema de 230 kV existente.
O documento ainda destaca uma outra vantagem. É a participação das indústrias e empreiteiras nacionais e locais, que seriam beneficiadas com a linha de transmissão, já que a Transmissão em Corrente Contínua é uma tecnologia que a indústria brasileira não domina, e onde a maioria dos equipamentos utilizados é importado. Dessa forma, só beneficia países, como a Suécia, Alemanha e Inglaterra, que exportam mão-de-obra especializada. No documento, subscrito por oito entidades e enviados às autoridades federais, estaduais e municipais, as instituições industriais, comerciais e tecnológicas defendem a implantação do sistema de transmissão que beneficia a região.
Subscrevem o documento o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Rondônia (Crea/RO), Sindicato dos Engenheiros de Rondônia (Senge/RO), Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativistas de Minérios e Distribuidoras de Petróleo dos Estados de Rondônia e Acre (Fitrac), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Rondônia (Sindur), Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e Universidade Federal de Rondônia (Unir).
Fonte: CREA-RO
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