Domingo, 15 de março de 2009 - 21h05
Serão utilizadas 800 mil toneladas de cimento, quantidade suficiente para construir 32 Maracanãs de concreto, além de quantidade de aço correspondente a 18 Torres Eiffel
Com a Licença de Instalação (LI) do Ibama, publicada em 18 de agosto de 2008, a Madeira Energia S.A. - MESA emitiu a ordem de serviço autorizando o consórcio construtor, liderado pela Construtora Norberto Odebrecht, a dar início às obras. A primeira etapa, a implantação do canteiro, começou no dia 22 de setembro de 2008.
A obra já mobiliza cerca de 2.500 trabalhadores, sendo mais de 90% originários do Programa de Qualificação Profissional Continuada – Acreditar, realizado pela Odebrecht, acionista da Madeira Energia, em parceria com o SENAI. Os trabalhadores, no canteiro de obras, são divididos em três turnos – o que permite que a obra esteja em atividade 24 horas por dia. A intenção é antecipar, de dezembro para maio de 2012, o início da geração de energia. O gerente geral de Obras da Madeira Energia, Nelson Caproni, explica que a antecipação é viável, com três máquinas funcionando em maio de 2012 e a última começando a operar em junho 2015.
Até a conclusão da obra da Usina serão utilizadas 800 mil toneladas de cimento, o equivalente a 16 milhões de sacos de 50 quilos – quantidade suficiente para construir 32 Maracanãs de concreto. Serão usadas, ainda, 138 mil toneladas de barros de aço – com esse material, seria possível levantar 18 Torres Eiffel.
Com uma obra de tamanha grandiosidade, estudos de otimização do projeto de engenharia tornam-se imprescindíveis. O planejamento da implantação da obra da Usina Hidrelétrica Santo Antônio foi efetuado com base nas seguintes etapas:
• 1ª etapa - O rio Madeira permanece na sua calha principal e, com auxílio de ensecadeiras, é iniciada a construção das obras de concreto: vertedouro (estrutura por onde passará o excesso de água do reservatório durante o período de cheias) na margem direita e tomada d’água/casa de força na margem esquerda.
• 2ª etapa - Desvio do rio pelo Vertedouro principal, com todos os vãos com soleira rebaixada. Prosseguimento das obras do conjunto tomadas d’água/casa de força.
• 3ª etapa - Rio Madeira escoando pelos vãos construídos do Vertedouro Principal e parcialmente pelas Tomada d’água/Casa de Força. Término das obras do leito do rio e sequência da geração comercial.
Na primeira etapa, para viabilizar a instalação do canteiro em plena segurança, houve o cercamento da área e colocação de placas de sinalização. A partir daí, iniciaram-se as atividades de limpeza do canteiro, dos acessos à Ilha do Presídio e de alguns pontos da margem esquerda do rio. Nesse momento, foram retiradas peças da antiga Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. “Todas as peças estão guardadas em um casarão histórico, alugado pela Odebrecht, e à disposição do IPHAN”, explica Acyr Gonçalves, gerente de sustentabilidade da Madeira Energia. Os resquícios do antigo presídio – que dá o nome à Ilha - também estão sendo devidamente aproveitados na obra. “Da grande penitenciária dos anos 60 e 70, quando chegamos ao local, só restaram algumas paredes. Essas ruínas darão lugal para um dos Sistema de Transposição de Peixes localizado nesta ilha quando finalizada a barragem, explica Nelson Caproni, gerente de Engenharia da empresa.
Ao isolar o trecho do rio que vai da margem direita à ilha do Presídio, formou-se uma área fechada onde será construída parte das estruturas da Usina. Neste local, serão erguidos três vãos de vertedouros e instaladas oito das 44 Unidades Geradoras da Casa de Força do projeto da Usina. As outras 36 turbinas serão instaladas da seguinte maneira: 24 unidades na margem esquerda do Rio Madeira e 12 no leito do Rio. Cada bloco de concreto, com 42,50 metros de extensão e 80 metros de comprimento, abrigará duas Unidades Geradoras (turbinas). Em julho de 2009, será iniciado o lançamento de concreto para a construção da Casa de Força e Vertedouro Complementar na Margem Direita. Em paralelo, acontece a operação de desmonte de rochas dos canais de aproximação e restituição nessa margem e as estruturas previstas para Margem Esquerda, com diversas explosões diárias.
Para abastecimento de energia elétrica no canteiro, está sendo construída uma linha de distribuição da CERON em 34,5 Kv. A energia proveniente da Subestação Areal da Eletronorte vai cruzar o Rio Madeira em uma extensão de 1.040 metros de vão livre, com torres de 112 metros de altura.. Essa energia atenderá o suprimento de energia naquela margem para todos os equipamentos fixos de canteiro de obras para construção da usina onde inclusive estará em funcionamento a maior Central de Britagem da América Latina. com capacidade de produção de 860 t/h de agregados graúdos (brita) e miúdos (areia artificial) para fabricação de concreto.
Fonte: Mesa
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