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Hidrelétricas do Madeira

ODEBRECHT: Obras de Sto. Antônio injetarão R$ 15 milhões em Porto Velho


 

Antonio Cardilli, chefe do canteiro de obras deu essa informação durante apresentação do programa da Odebrecht para qualificação de mão-de-obra, num encontro no auditório da Escola do Legislativo.

O diretor administrativo e financeiro da empresa Odebrecht, Antonio Cardilli, integrante do consórcio que construirá a usina hidrelétrica de Santo Antonio, disse que as obras injetarão recursos no montante de R$ 15 milhões no mercado consumidor de Porto Velho, no pico das obras, dentro de três a quatro anos. Segundo ele, investimentos de todo tipo serão estimulados e a economia local será impulsionada.

Cardilli é o chefe do canteiro de obras em Porto Velho e deu essa informação durante apresentação do programa da Odebrecht para qualificação de mão-de-obra para os empreendimentos, num encontro com representantes da comunidade de Porto Velho realizado quarta-feira (12) no auditório da Escola do Legislativo.

Foi o primeiro debate do ano da Escola do Legislativo, como observou a diretora da instituição, Darcy Horny. A Escola do Legislativo é o braço pedagógico da Assembléia Legislativa.

Cardilli disse que um programa de qualificação de mão-de-obra – denominado "Acreditar" – foi concebido especialmente para suprir a falta de material didático em Porto Velho e permitir que os trabalhos de construção empreguem o maior número possível de rondonienses e produzam operários qualificados para outros empregos de alta tecnologia que surgirão em Rondônia após a construção do Complexo Hidrelétrico Rio Madeira (que inclui a usina de Jirau.)

"Não queremos que existam viúvas das usinas" – disse o gerente, brincando, mas enfocando um suposto desemprego após a conclusão das obras, quando milhares de pessoas serão demitidas. Nas duas usinas somente trabalharão entre 800 a 1000 empregados.

O representante da Odebrecht informou que desde o dia 25 de fevereiro, quando foram abertas inscrições para seleção aos cursos preparatórios para os nove mil empregos de nível médio que as obras da usina de Santo Antonio oferece, um total de seis mil pessoas já haviam se inscrito até quarta-feira (12).

Entre os candidatos, existem 800 mulheres "que serão empregadas se demonstrarem conhecer o trabalho". O prazo para as inscrições, em 10 postos do Serviço Nacional de Emprego (SINE) espalhados por diferentes regiões da Capital, termina em 25 de abril próximo. Cardilli frisou que somente serão empregados nas obras os que se inscreverem nesses cursos de qualificação preparados pela Odebrecht. Tudo é gratuito. Inclusive material escolar e alimentação durante os treinamentos. "Nosso objetivo é reverter o quadro que encontramos de falta de pessoal qualificado em Porto Velho para as obras" – disse.

Ele disse que se as obras tivessem que começar agora, 70 por cento dos trabalhadores teriam que vir de fora e somente 30 por cento da mão de obra local seria empregada. "Queremos que haja o inverso."

As inscrições para os cursos, nem a aprovação neles, não significam que o candidato esteja com o emprego garantido – explicou, "mas lhe dará prioridade sobre um concorrente que venha de outro Estado."

Após a inscrição, o candidato se submeterá a uma fase de seleção que consistirá em avaliação de português (redação e leitura de texto) e matemática elementar ("Não podemos empregar analfabetos e quem o for terá a chance de ser alfabetizado para conseguir a vaga"); em seguida haverá um exame psicológico do candidato e por último exame médico.

Os que passarem pela fase de seleção participarão de um primeiro curso, chamado de módulo básico, sobre Saúde, Segurança do Trabalho, Meio Ambiente, Psicologia do Trabalho e Qualidade no Trabalho. Os que tiverem 70 de assiduidade e 70 por cento de aproveitamento terão os nomes inscritos num banco de dados do SINE e serão convocados para o trabalho conforme o avanço das obras.

Para as vagas atualmente destinadas a Porto Velho não há necessidade de o candidato apresentar qualquer diploma. Em cinco áreas sequer se exigirá comprovação de experiência prévia (nas áreas de armador, carpinteiro, pedreiro, soldador e vibradorista).

Mas se exigirá experiência comprovada (nas fichas de inscrição fala-se em dois anos de experiência, mas Cardilli disse que o rigor não chega a tanto, bastando que o candidato demonstre realmente saber trabalhar) nas áreas de: eletricista de corrente alternada, eletricista de máquinas e veículos, mecânico de equipamento leve, mecânico de equipamento pesado, operador de carregadeira, operador de caminhão fora de estrada, operador de caminhão basculante, operador de motoniveladora, operador de escavadeira hidráulica, operador de trator de esteira, e operador de carreta de perfuração.

Ele disse que existem em Porto Velho profissionais dessas categorias, mas de qualquer forma necessitando do treinamento especial da Odebrecht para trabalhar numa obra de alto risco (Risco Tipo 4) como é a de uma hidrelétrica. As vagas de nível superior ainda não foram definidas e Cardillo disse que em Porto Velho existem profissionais capacitados para exercer funções de tecnologia superior. Ele informou que não há nada definido sobre salários para qualquer nível de profissional, nem quis dizer quantos profissionais de alto nível (na área da alta tecnologia) virão de outros Estados.

A coordenadora do SINE em Porto Velho, Silmara Velani, disse que as obras das usinas "vão gerar mais emprego do que teremos capacidade (numérica) de atender". Ela lembrou que além das usinas, outros empreendimentos ocuparão mão-de-obra, como a do shopping center e da construção civil em geral.

Cardilli disse que a presença das usinas atrairá indústrias e após a construção do complexo Rio Madeira os trabalhadores de Porto Velho estarão preparados para trabalhar ma construção de outras hidrelétricas na Amazônia e até na Bolívia.

Fonte: Decom
 

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