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Hidrelétricas do Madeira

Responsabilidade Social Empresarial Pós Usina Madeira


O momento destaca a necessidade sucita de um plano estratégico para o desenvolvimento causado pelo pós-usina do madeira. Destacando-se a responsabilidade social empresarial como um dos principais objetivos específicos para diminuir a redução de desequilíbrio regional focado no desenvolvimento econômico e social. Analisando alguns grandes momentos que Rondônia viveu, podemos constatar que o estado teve grandes prejuízos durante a construção da estrada de ferro Madeira Mamoré. De acordo com o site da Associação dos Amigos da Madeira-Mamoré e da Madeira - Mamoré Railway Society (www.efmm.net), aproximadamente 6.000 trabalhadores morreram nas frentes de trabalhos: naufrágios, mortes por flechadas de índios, afogamentos, picadas de animais silvestres, e doenças como malária, febre amarela, febre tifóide, tuberculose, beribéri, e outras patologias que ocasionaram estas perdas. Outro momento forte foi o ciclo da borracha que se constituiu um marco para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Além do auge do garimpo, onde centenas de pessoas construíram suas riquezas extraindo o ouro do rio e depois deixaram o estado em pleno caos de violência urbana, drogas, prostituição, entre outras. Ocorreu também o ciclo da madeira, onde a natureza pagou um alto preço. Agora Rondônia se prepara para mais um desafio. Novamente o rio madeira volta ser pano de fundo para o maior projeto energético do país. A construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no rio madeira, é sem dúvida a menina dos olhos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Devido aos problemas provocados pela falta de planejamento no passado, é necessário usar as experiências cotidianas para calcular, medir e fazer um planejamento coerente, capaz de estimular o presente a germinar bons frutos para a colheita de um futuro próximo e glorioso. O boom de novos empreendimentos imobiliários e a valorização de até 30%- na capital, Porto Velho, demonstra a necessidade da responsabilidade social empresarial de ultrapassar qualquer vestígio de filantropia e adotar programas de gestão. Assim, todos os investimentos planejados de empresas e comércios terão ganhos humanos, responsabilidade quanto ao meio – ambiente e criatividade nos seus planos de negócios.

Educação é a estratégia certa para o desenvolvimento sustentável

Com aproximadamente 380 mil habitantes e apenas 3% das residências atendidas por rede de esgoto e menos de 45% contando com água encanada, Porto Velho teme um inchaço explosivo de mais de 100 mil pessoas (25% a mais) em sua população. Com aproximadamente 36% da população desempregada ou dependente de empregos extremamente precários, empresas necessitam qualificar mão -de –obra local para que os empregos gerados pelas hidrelétricas não fique apenas nas mãos de profissionais de outros estados. Mas, para que ocorra crescimento em grande escala, é necessário um trabalho de educação direcionado para criação de oportunidades. A aprendizagem possibilita a autonomia, desperta a criatividade e o senso crítico capaz de ofuscar todo objeto de manipulação. Pensando no desenvolvimento que Rondônia terá, o Sistema Indústria está gerando oportunidades de qualificação profissional, através do SESI e SENAI.  Todo e qualquer projeto tem que ter como alicerce a educação básica, uma ferramenta necessária para competitividade leal. É aí, que entra o trabalho do Sistema Indústria. Segundo o superintendente do SESI-RO, Guilherme Castelo Branco, o desenvolvimento sustentável anda de mãos dadas com a responsabilidade social empresarial e amplia a atitude responsável em relação ao ambiente e à sociedade, tornando-se preventivo aos riscos futuros, como impactos das desigualdades sociais. Ele explica que o investimento na educação, é de extrema necessidade para o acompanhamento competitivo dentro do quadro que Rondônia passará nos próximos anos. "A construção das hidrelétricas do madeira tem que provocar nas empresas a responsabilidade quanto ao pós-usina. Algo que possa possibilitar o início de atividades de planejamento e articulação para a implementação de projetos sociais voltados à educação e que desenvolvam e busquem ações para potencializar o desenvolvimento do estado com transparência", concluiu Castelo Branco.

Mão- de Obra Qualificada: Um Desafio a Ser Conquistado

Como planejar as mudanças que serão causadas com o pós-usinas do rio madeira? É a pergunta que não quer calar!  Além de ir ao encontro da importância do futuro imediato que Rondônia tanto almeja, através de uma política de desenvolvimento regional, a pergunta torna-se pertinente dentro do quadro que o estado passa no momento.  Entre os programas direcionados para preparação de profissionais, o SENAI apresenta uma grande oportunidade de competitividade no mercado de trabalho, dentro do Planseq Hidrelétricas (Plano Setorial de Qualificação). O programa que tem como prioridade o fortalecimento das políticas de inclusão social e das atividades de geração de trabalho. O Sistema Indústria venceu a licitação para ministrar os cursos de qualificação profissional. O diretor regional do SENAI, Vivaldo Matos Filho, diz que o projeto é ambicioso, tem como meta qualificar aproximadamente 2000 pessoas em mais de 37 cursos diversificados em 71 turmas. Na primeira fase, que se iniciou no último mês de agosto, cerca de 1500 pessoas já estão sendo qualificadas . Matos Filho faz questão de salientar que o Planseq, proporcionará para Rondônia desenvolvimento sustentável. "Nosso objetivo é fazer com que os empregos gerados com as construções das hidrelétricas, possam ficar aqui mesmo, diminuindo as desigualdades e fazer a economia do Município e do Estado deslancharem dentro dos próximos anos". O Planseq é apenas o ponta-pé inicial dentro dos empreendimentos que o SENAI tem como meta na construção das usinas. Novos laboratórios serão implantados, e 10 novos cursos entrarão na grade de qualificação do Sistema. A grande preocupação do SESI e do SENAI é preparar, em parceria com as empresas que construirão as usinas, é qualificar a população para suportar as demandas que serão exigidas pelos novos empreendimentos. Englobando assim, a responsabilidade social empresarial no pós usina do madeira.

Fonte: Lú Braga

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