Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Hidrelétricas do Madeira

Resposta da Caixa favorece disputa pelas usinas do Madeira


Rio de Janeiro e Brasília - O problema da exclusividade de alguns bancos com o consórcio formado entre as empresas Odebrecht e Furnas para o leilão das usinas do Rio Madeira foi remediado pela apresentação de condições competitivas pela Caixa Econômica Federal. A informação é do diretor da Amazônia Madeira Energética Ltda (Amel), empresa criada pelo grupo Camargo Corrêa para participar da disputa.
O executivo, João Canellas, diz que a empresa consultou alguns bancos anteriormente, que se disseram compromissados com um dos consórcios interessados no projeto. "Fizemos uma nova rodada à procura de bancos e a resposta da Caixa nos deixa mais tranqüilos com relação à preparação da proposta", afirma. Segundo ele, as condições da instituição para o repasse de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram "muito boas".
De acordo com Canellas, o financiamento do BNDES à construção das usinas é importante por oferecer condições para a redução do custo da energia.
A empresa Suez, que também deverá participar do leilão, confirmou que enviou um documento à Secretaria de Direito Econômico (SDE) manifestando sua preocupação com a exclusividade de bancos e seguradoras no leilão.
Questionado no Rio de Janeiro sobre exclusividade em contratos de repassadores de recursos do BNDES, o presidente do banco, Luciano Coutinho, afirmou que não pode intervir no caso. Coutinho disse que, como se trata de contratos privados, somente o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Secretaria de Direito Econômico podem interferir se os considerarem atentatórios à concorrência.
"O que o BNDES tem é a orientação do governo de apoiar de forma isonômica a todos os consórcios, de modo a maximizar a concorrência, visando contribuir para que o resultado do leilão seja o mais favorável possível para o país", declarou.
Coutinho foi enfático ao afirmar que o BNDES vai utilizar o seu relacionamento e a sua capacidade "para que o consórcio vencedor, qualquer que seja, possa ter acesso aos recursos do BNDES de forma fluida, de forma tempestiva". E acrescentou: "Nós nos empenharemos para encontrar alternativas, dependendo de quem seja o vencedor, caso essas cláusulas de exclusividade possam vir a representar alguma dificuldade". Isso significa que o banco não pode se intrometer nos contratos firmados por seus agentes, mas pode usar mecanismos que contornem essa exclusividade.
A assessoria de imprensa do BNDES informou, também, que os projetos de grande porte, acima de R$ 10 milhões – como é o caso das usinas do Rio Madeira –, costumam ser financiados de forma direta pela instituição, sem passar pela rede de agentes financeiros conveniada.
Depois de adiado por três vezes, o leilão da hidrelétrica de Santo Antônio, a primeira a licitar, deverá ocorrer em 10 de dezembro. A potência instalada foi estipulada em 3.150 megawatts, e a potência média, em 2.218 megawatts. Os investimentos previstos nas obras de Santo Antônio alcançam em torno de R$ 9,5 bilhões, de acordo com estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia. Para a usina de Jirau, ainda não foi fechado orçamento.
Segundo a assessoria de imprensa da SDE, em seu primeiro despacho, referente ao processo administrativo sobre a exclusividade da Odebrecht com fornecedores de equipamentos, a secretaria recomendava a suspensão das cláusulas de exclusividade com os fabricantes de geradores e turbinas e também com empresas do setor bancário.
O processo culminou com a aprovação pelo Cade, por unanimidade, na última segunda-feira (29), de acordo proposto pela Odebrecht no qual a empresa abriu mão de contratos de exclusividade com os principais fornecedores de equipamentos para o leilão das duas hidrelétricas.
Fonte: Alana Gandra e Sabrina Craide - Agência Brasil

Gente de OpiniãoDomingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Iniciadas as obras de proteção das margens do rio na região da Madeira-Mamoré

Iniciadas as obras de proteção das margens do rio na região da Madeira-Mamoré

A população de Porto Velho pode comemorar o início das obras que fazem parte do importante projeto de revitalização do complexo da Estrada de Ferro

Hidrelétrica Santo Antônio completa quatro anos de geração

Hidrelétrica Santo Antônio completa quatro anos de geração

Porto Velho, março de 2016.Dia 30 de março marca os quatro anos desde o início de geração da Hidrelétrica Santo Antônio, localizada no rio Madeira, em

Estudantes de engenharia elétrica do acre visitam Jirau

O canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Jirau foi cenário de estudo dos estudantes do primeiro período do curso de Engenharia Elétrica da Universida

Governo faz mega desapropriação em Belo Monte

BRASÍLIA – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) formalizou na última terça-feira (3) a última desapropriação de terras para a construção da

Gente de Opinião Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)