Terça-feira, 11 de novembro de 2008 - 07h25
Redução da largura das faixas de servidão das LTs tem resultado na montagem de torres menores ou instalação de mais de um circuito numa mesma torre, aumentando riscos
Fábio Couto, da Agência CanalEnergia, de São Paulo, OeM
As restrições ambientais que são consideradas entraves nos processos de licenciamento de projetos de geração também podem comprometer a operação do sistema. Segundo o gerente executivo do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Paulo Gomes, um dos pontos que se observou nos últimos anos é o aumento da ocorrência de curto-circuitos bifásicos, de proporções e impactos maiores do que em sistemas monofásicos. Para ele, alguns dos desafios da operação nos próximos anos serão o de lidar com as crescentes restrições de meio ambiente e o aumento da complexidade do sistema interligado.
Gomes, que participou do primeiro dia do X Encontro de Debates de Assuntos da Operação, em São Paulo, destacou que, no caso dos curto-circuitos, a razão está na redução da largura das faixas de servidão das LTs, o que tem resultado na montagem de torres menores ou na instalação de mais de um circuito numa mesma torre.
Ele explicou, utilizando exemplo do X Edao, que uma linha de 500 kV com dois ou mais circuitos, corre risco de desligamento com maiores impactos caso uma torre seja derrubada por conta de vendavais ou em caso de incêndios ocasionados por queimadas, quando as labaredas atingem os circuitos, por exemplo.
A recomposição da carga, salientou, acaba sendo mais complexa. Ele observou, durante a apresentação de trabalhos técnicos que tratavam exatamente sobre recomposição de carga, que há movimentação para que a operação trabalhe com a meta de se recompor cargas desligadas em até 2 horas e meia após o desligamento.
Outra questão a ser observada é a entrada de novas linhas de integração regional no cenário, como as interligações Acre-Rondônia e Tucuruí-Manaus-Macapá, que apresentarão particularidades específicas de entrega de energia. No caso de Tucuruí, em especial, há o fato da travessia do Rio Amazonas, que demandará torres de aproximadamente 300 metros de altura.
Uma questão que demandará atenção de quem estuda ou atua na operação, avalia, é a conexão das linhas que interligarão o complexo hidrelétrico do Rio Madeira (RO, 6.450 MW) ao Sistema Interligado Nacional - o ponto de conexão será em uma subestação em Araraquara. O gerente executivo do ONS salientou que a carga naquele ponto será muito elevada, o que demanda soluções para o caso de eventualidades que possam comprometer a operação, como vandalismo e tempestades.
Há ainda a entrada de outras fontes de energia, como biomassa e eólica, cuja conexão pode se dar por meio de formas não tão tradicionais, como estações coletoras. Citrando como exemplo a biomassa, Gomes observou que essa fonte terá como caractérística a geração de energia em períodos secos. "A questão será a operação sazonal da biomassa", destacou.
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