Quarta-feira, 24 de outubro de 2007 - 21h47
Empresa ainda negocia parceria com CPFL Energia, Endesa e Light. Possíveis parceiros aguardam edital para definir participação em consórcio
O consórcio Chesf/Camargo Corrêa já está adiantando os projetos básicos ambiental e de engenharia necessários para a obtenção da licença de instalação da hidrelétrica de Santo Antônio (RO-3.168 MW). Segundo João Canellas, diretor do consórcio, em caso de vitória na disputa, a expectativa é entregar os estudos ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis até o fim de março do ano que vem. "Estamos fazendo por nossa conta e risco. Se vencermos, daremos continuidade, caso contrário, paramos", observa.
O Ibama tem no mínimo cinco meses para decidir sobre a concessão da licença de instalação. "A LI é uma repetição da licença prévia. O consórcio vai dizer, por meio do projeto de execução, como vai cumprir as condicionantes. É um processo mais simples", explica Canellas. Com isso, a LI seria entregue em agosto e as obras poderiam ser iniciadas em setembro de 2008, como previsto pelo cronograma. Assim, as duas primeiras turbinas seriam entregues em setembro de 2012.
"O governo também poderia atuar para agilizar o processo de concessão da LI como fez, na época, da licença prévia", ressalta o executivo. Ele confirmou a informação da Chesf de que o consórcio estaria avaliando a possibilidade de utilizar um modelo diferente das turbinas bulbo previstos nos estudos realizados por Furnas/Odebrecht. "Vai depender da viabilidade técnica, econômica e ambiental porque teremos que provar ao Ibama que a mudança não afeta as conclusões dos estudos", frisa Canellas.
Diretrizes - O executivo recebeu, sem surpresa, as diretrizes publicadas pelo Ministério de Minas e Energia na última terça-feira, 23 de outubro. De acordo com Canellas, as restrições à participação de fornecedores e construtores a 20% da Sociedade de Propósito Específico que vai administrar o empreendimento não vão afetar a Camargo. "Entraremos como investidores, através da holding, e não como construtores. Estamos interessados no contrato de 30 anos", esclarece o executivo.
Ele disse que da Camargo Corrêa Construções irá fazer uma proposta para tocar as obras da usina. "A construtora tem condições de oferecer um bom preço para fazer a obra. Mas, naturalmente, o que o consórcio procurará é a melhor oferta", frisa Canellas, completando que não há planos para a entrada de fornecedores de equipamentos no consórcio.
Sócios - Os investidores privados controlarão 51% do consórcio, sendo que de 15% a 20% devem ficar com os fundos de pensão, diz o executivo. A empresa ainda negocia com três potenciais investidores: CPFL Energia (da qual o Grupo Camargo Corrêa é acionista), Endesa e Light. "Esses investidores estão aguardando a divulgação do edital para decidirem a participação. Eles já conhecem as condições, mas querem a oficialização para confirmarem investimentos", conta.
A Agência Nacional de Energia Elétrica prevê a votação do edital na próxima reunião pública ordinária da diretoria, prevista para a próxima terça-feira, 30. Quanto a disputa judicial, o executivo disse que a decisão da Justiça americana de não acolher a ação da Odebrecht para manter a General Electric fora da disputa pode contribuir com as decisões do Superior Tribunal de Justiça e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
"A Odebrecht queria intimidar a GE. Se a Justiça não tivesse arquivado (a ação), poderia ter levado a GE, mesmo liberada pelo Cade, há não fazer uma proposta", avalia Canellas. Ele acredita que as ações no STJ e do Cade sejam solucionadas nas próximas semanas antes, portanto, do leilão previsto para 10 de dezembro.Fonte - Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Negócios
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