Segunda-feira, 23 de julho de 2007 - 14h04
O presidente da CPFL Energia, Wilson Ferreira Jr, afirmou que foi convidado para participar do consórcio formado por distribuidoras e encabeçado pela Light na concorrência pelas usinas de Santo Antônio (RO, 3.168 MW) e Jirau (3.326,4 MW), no Rio Madeira. De acordo com ele, a empresa também mantêm contato com os outros consórcios, encabeçados pela Odebrecht, Camargo Corrêa e Alusa e ainda não decidiu quais serão seus parceiros e se vai participar efetivamente do leilão.
Ferreira admitiu que não pode abrir mão de ter parceiros privados e estatais em empreendimentos como este - o custo das hidrelétricas do Rio Madeira está estimado em R$ 28 bilhões, de acordo com estudos de viabilidade realizados pelo consórcio Furnas-Odebrecht. Entretanto, ele defende que o consórcio seja formado com a maior parte do capital privado.
"Não tem como dispensar a participação do governo em um empreendimento desse porte, mas, pelo menos, 51% do capital tem que vir de investidores privados", afirmou o presidente da CPFL, que particiou na última quinta-feira, 19, de julho, do prêmio Abradee 2007.
Ele disse ainda que o consórcio da Odebrecht tem mais condições de ganhar o leilão, mas afirmou não acreditar que os fornecedores de equipamentos irão se recusar a vender os produtos caso o leilão tenha outro vencedor. "Não acredito que os fornecedores vão fechar com um consórcio, que eventualmente perca, e eles fiquem sem vender seus equipamentos", destacou.
Fonte: Canal Energia
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