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Hidrelétricas do Madeira

Rio Madeira: Interligação é por corrente contínua, em 600kV


Com 2,5 mil quilômetros, linha de transmissão entre Porto Velho (RO) e Araraquara (SP) teria investimentos de R$ 7,6 bilhões
Alexandre Canazio, da Agência CanalEnergia, Expansão
A interligação dos empreendimentos do Rio Madeira (RO, 6.494 MW) deve ser feita em concorrente contínua, em 600 kV, com dois bipolos. Um estudo, desenvolvido por profissionais da Empresa de Pesquisa Energética e quatro empresas de transmissão, analisou diversas alternativas para melhor despachar a energia gerada para a região Sudeste e atendimento de Acre e Rondônia. A linha a ser leiloada no primeiro semestre de 2008, no entanto, será definida pela EPE e o Ministério de Minas e Energia.
Segundo Edna Araújo, técnica da EPE que apresentou as conclusões do estudo no XIX Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica, o investimento necessário para o empreendimento será de R$ 7,6 bilhões, incluindo reforços necessários na rede em 230 kV. A energia será transportada por uma linha de 2,5 mil quilômetros entre Porto Velho (RO) e Araraquara (SP), onde será invertida para corrente alternada e transportada por uma linha em 500 kV até o Rio de Janeiro. O fornecimento para Acre e Rondônia será feito por linha em 230 kV.
Edna disse que o estudo foi feito levando em conta que o Sudeste receberia o excedente de produção que não for absorvido por Acre e Rondônia. A técnica afirmou que esse mercado ficaria com, no máximo, 1 mil MW da produção da usina. O fluxo mínimo seria de 150 MW. Ou seja, seriam disponibilizados para o Sudeste cerca de 6,3 mil MW.
“A prioridade em período seco é o atendimento de Acre e Rondônia. O escoamento é do excedente”, explicou Edna nesta terça-feira, 16 de outubro, após palestra no XIX SNPTEE. Ela acrescentou que não foram feitas medições para o atendimento de Manaus porque a necessidade local é imediata e, portanto, a melhor opção é a interligação com Tucuruí.
O modelo de corrente contínua, segundo a técnica, terá menor impacto ambiental e atenderá os mercados de forma mais adequada. O estudo também estabeleceu que a tarifa de uso do sistema de transmissão ficaria em torno de R$ 8 a R$ 12 por MW transportado por mês.

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