Sexta-feira, 30 de maio de 2008 - 15h53
Brasília - O consórcio vencedor do leilão de Jirau acredita ter o apoio do governo para por em prática as alterações que está propondo para o projeto. Na semana passada, o grupo já anunciou que pretende deslocar em 9 km no Rio Madeira o ponto de construção da Usina. A medida tem como objetivo reduzir custos e antecipar o prazo de instalação da hidrelétrica. "Avaliamos que temos o apoio do governo, que tem interesse de reduzir a tarifa de energia e garantir o fornecimento antecipado", disse, há pouco, o presidente da Energia Sustentável do Brasil, Victor-Frank Paranhos. Segundo ele, se o consórcio não puder construir a usina no local que deseja, terá de procurar um outro eixo no Rio Madeira, porque o local originalmente proposto não comporta a redução de custo projetada pelo consórcio. "Se não conseguirmos fazer onde estamos imaginando, não haverá antecipação de energia. Isso compromete o PAC", disse.
Paranhos participou há pouco de reunião técnica com os diretores da Aneel, na qual foram expostos os motivos pelos quais o consórcio pretende alterar o local de instalação da usina, em 9 km. Entre os argumentos do consorcio está o de que em praticamente todas as usinas licitadas, o eixo de construção da barragem acabou sendo modificado em relação ao projeto original. Ele lembrou que o próprio governo, por meio da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), deslocou em 500 metros o eixo de Jirau, quando refez a projeção de investimentos previstos para a usina. Paranhos explica: "O projeto original feito por Furnas e Odebrecht implicava em investimentos de R$ 12 bilhões e uma tarifa de R$ 120 por MWh. Nós fechamos o orçamento em R$ 9 bilhões e vamos antecipar o início do fornecimento da usina". O executivo disse que se não houver mudança do local de construção da usina, a tarifa de Jirau teria que ficar entre R$ 108 a R$ 110 por MWh e não chegaria ao preço de R$ 71,4 oferecido pelo consórcio vencedor.
Segundo Paranhos, o consórcio já pediu uma audiência com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para explicar as alterações. Na avaliação do executivo, se o outro consórcio, liderado por Furnas e Odebrecht, tivesse vencido o leilão, eles também não construiriam a usina exatamente como está no modelo original. "Assim como eles também estão fazendo mudanças no arranjo de Santo Antonio", afirmou o executivo. Paranhos disse que gostaria de sentar em torno de uma mesa com a Odebrecht, parceiro da Suez em outros projetos, para buscar "otimizações" em conjunto no projeto do Rio Madeira, como explicou: "Queremos ser sócios em programas para flora, fauna e controle da malária".
Paranhos disse também que o grupo pretende concluir e enviar para o Ibama, na primeira semana de junho, os estudos ambientais referentes à proposta de mudança no eixo de instalação da hidrelétrica. "O Ibama deverá entender as mudanças e perceber que elas são boas do ponto de vista ambiental", afirmou Paranhos. Ele disse que essas alterações não trarão nenhum atraso no cronograma da outra usina do rio Madeira (Santo Antonio) e nem trará perda energética para a usina vizinha. A mudança em Jirau causará um alagamento adicional de 10 quilômetros quadrados que, segundo o consórcio, é uma área pequena, em uma região já degradada. Além disso, frisou Paranhos, nessa área adicional que será alagada não há nenhuma comunidade residindo. Outro ponto favorável é a redução do volume de rocha a ser escavada. Segundo ele, em vez de escavar 48 milhões de metros cúbicos de rocha, o novo projeto prevê a escavação de apenas 5 milhões de metros cúbicos. Essa diferença equivale a 537 vezes o volume de concreto do estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. Paranhos também negou que o consórcio tenha feito qualquer tipo de consulta informal a órgãos do governo federal, como Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Ibama, sobre as mudanças que propôs.
Fonte: Ascom
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