Quarta-feira, 15 de agosto de 2007 - 18h06
O programa Universitando, apresentado aos domingos ao meio-dia pela programação regional da Rede TV, entrevistou representantes das Organizações Não-Governamentais Rio Terra, Instituto Madeira Vivo e o Grupo de Trabalho na Amazônia (GTA). De acordo com os ambientalistas, o projeto das usinas hidrelétricas previstas para serem construídas em Jirau e Santo Antônio não dá a devida importância aos moradores ribeirinhos e nem às espécies nativas que serão atingidas diretamente pelo barramento do rio.
Aléxis Bastos, da Rio Terra, falou sobre o descaso dos empreendedores, que segundo ele, só fizeram estudos de impacto ambiental da barragem sentido rio acima, desconsiderando os impactos que os moradores sofrerão da barragem no sentido rio abaixo. "A região do Cuniã, por exemplo, é uma região importantíssima para a reprodução dos peixes. Com o barramento do rio, os sedimentos que fazem o processo de fertilização da área de várzea não devem ocorrer e isso pode agravar, além de um grande impacto ambiental, também um problema social, pois muitas famílias que ali residem há décadas e poderão sofrer uma estiagem na produção de seus alimentos, dentre outros fatores", explica.
Aléxis Bastos acrescentou que existe uma série de lacunas nos estudos, com uma sequência de problemas que os empreendedores não esclareceram. "Nós não somos contra a construção, mas antes de se ter um posicionamento pé-no-chão, precisa ser averiguado tudo isso para poder decidir se deve ou não ser construída as usinas. Somos a favor de um empreendimento transparente, com responsabilidade econômica, social e ambiental", completa.
Silvânio Antônio, coordenador executivo do GTA, explica que os moradores ribeirinhos necessitam do rio para sobreviver, seja escoando seus produtos, seja da própria pescar para a sobrevivência. "Isso está sendo ameaçado exatamente por essa falta de responsabilidade social e ambiental que se ausenta no projeto. Temos que prestar mais atenção em tudo isso, pois estamos decidindo o futuro dessas famílias que, muito em breve, poderão contribuir para inchar a periferia de Porto Velho, sem perspectiva alguma para sua alimentação diária", explicou Silvânio ao programa Universitando, ressaltando que a alimentação desses povos depende diretamente do que o rio Madeira oferece.
Fonte: Chagas Pereira
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