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Hidrelétricas do Madeira

USINA DO JIRAU: Consórcio da Suez antecipa entrega de documentos



O consórcio Energia Sustentável, liderado pela Suez Energy e que venceu a licitação para construir a hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, vai apresentar hoje para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a documentação em que consta que a Sociedade de Propósito Específico (SPE) constituída para tocar o projeto da usina não terá sócio estratégico.

O prazo para essa apresentação é o dia 22 de agosto, mas, como a Suez tem pressa em começar as obras da usina, quer antecipar etapas.

Ontem, o consórcio encaminhou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informações sobre o projeto de engenharia para a construção de Jirau, onde consta a polêmica mudança do eixo da barragem e questões relativas ao impacto ambiental do projeto.

A antecipação da entrega do projeto para a Aneel e para o Ibama, nesta semana, tem a intenção de obter a licença de instalação para as obras da represa até o mês de setembro próximo, junto com a licença para a usina de Santo Antônio, que será construída pela Odebrecht.

"Na nossa visão deve haver uma só licença para os projetos", disse o presidente do consórcio Energia Sustentável do Brasil, Victor Paranhos.

A Suez tem um cronograma para começar a gerar energia em dezembro de 2011, antecipando em mais de um ano a produção de eletricidade.

Paranhos estima que as mudanças no projeto irão reduzir o investimento do consórcio na usina em R$ 1 bilhão, além de trazer ganhos ambientais com a redução da remoção de 43 milhões de toneladas de rocha, a construção de um mecanismo para a transposição dos peixes pela barragem e ganhos em saúde, com a redução do número de mosquitos e a conseqüente redução da propagação da malária e de outras doenças típicas da região.

O entrave aos planos da Suez é que a Odebrecht contesta a mudança do eixo da usina que será construída 12 quilômetros distante da cachoeira de Jirau.

O que, para a construtora baiana, fere o princípio de isonomia do leilão.

A briga pode parar na justiça e atrasar a obra de Jirau.

Com a decisão de não ter sócio estratégico, a SPE do Energia Sustentável terá a Suez como sócia majoritária com 50,1% do empreendimento, a Camargo Corrêa com 9,9% e as estatais Eletrosul e Chesf, cada uma com 20% de participação.

Fonte: Gazeta Mercantil/Rivadavia Severo

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