Terça-feira, 20 de agosto de 2024 - 09h43
Na noite
de sexta-feira, 23, a partir das 19h, o jornalista Montezuma Cruz lançará seu
livro “Território dourado”, contendo relatos a respeito dos garimpos de ouro do
Rio Madeira, Jaru e Colorado do Oeste entre o final dos anos 1970 e a metade da
década de 1980.
“Procurei
escrever um livro-reportagem não muito sisudo, porém, desnudando uma realidade
que trata com amor esses apaixonados profissionais e os comerciantes que lhes
forneciam meios para trabalhar nos grotões e nas águas do imenso rio”, ele
comenta.
O autor
expõe a ascensão e queda da zona boêmia de Porto Velho; a ganância de grupos
bilionários que aqui chegaram; e o contrabando do metal, até pelo antigo
Aeroporto Belmonte. Também aborda o analfabetismo, doenças venéreas, drogas,
mortalidade materna e cinema no garimpo.
“Procurei
mencionar os pró e contra o amálgama à beira-rio, com o mercúrio espalhado nas
águas e na atmosfera; mostro, ainda, a maldade humana nos cortes do mangueiro,
matando o mergulhador lá no fundo do Madeira”, diz.
O
jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto, um dos maiores conhecedores da política
mineral no País, disse que “Território dourado” é “um documento precioso para a
história de uma das regiões mais agredidas da Amazônia.” “É seu quinto
livro, Território Dourado (154 páginas, em formato grande). O
subtítulo confirma a importância do tema: “Histórias sinceras do garimpo de
ouro, violência nas corruptelas, apogeu e queda da zona boêmia
porto-vilhenense”.
“O livro passa a ser fonte indispensável para saber e sentir o percurso que Rondônia foi obrigada a seguir, tocada pelos seus desbravadores, colonos, imigrantes e capatazes. Montezuma é dos raros que pode declarar: “meninos, eu vi”. Viu quase tudo, escreveu muito – e com grande competência” – assinala Lúcio Flávio.
Ouro e estanho (cassiterita) estão nas entranhas da vida rondoniense desde o século passado. O repórter lembra que na década de 1950 o seringalista Joaquim Pereira da Rocha percebeu um rebuliço no seu Seringal União e mais que depressa conversou com o geólogo Donald Campbell, comunicando também o fato ao então governador Jesus Burlamaqui Hosannah, de quem recebeu todo apoio para a pesquisa.
Durante um período dos anos 1980, Montezuma trabalhava para o extinto “Jornal do Brasil”, do Rio de Janeiro. Acostumado a “colecionar papel velho”, conforme assinala, guardou a parte que mostra avaliações de distritos policiais da Capital e a estatística de crimes também apuradas pelo Ministério do Trabalho naquela ocasião.
O livro publica fotos das pinturas do pintor artista rondoniense Rafael Prado, filho de garimpeiro e atualmente morador no Rio de Janeiro. Rafael já participou de mostras nacionais e internacionais e atualmente faz exposição itinerante em Marabá (PA) e Belo Horizonte (MG), junto com outros artistas nacionais. “Capa e quarta capa bem reais, que correspondem à nossa realidade garimpeira estes anos todos”, comenta Montezuma.
HORÁRIOS
A visitação à Casa da Cultura Ivan Marrocos pode ser feita de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados das 8h às 12h. O visitante conhece a casa por conta própria ou pode solicitar o acompanhamento de um mediador.
LIVRO
O exemplar de “Território dourado” custa R$ 40. Faça também seu pedido pelo e-mail: montezumarondonia@gmail.com
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