Sexta-feira, 12 de julho de 2024 - 09h45
Outra
semana cheia de notícias ruins por desrespeito masculino toma conta da
internet. Dessa vez foi à traição e o fim do casamento da cantora Iza, que está
no sexto mês de gestação.
A traição
em um momento tão delicado e vulnerável da mulher é violenta de várias formas.
Apostar todas as fichas no companheiro, dormir e acordar junto, dividir a vida,
fazer planos e não ser respeitada no momento mais delicado da vida é pesado.
Quando
esse tipo de coisa acontece com uma mulher que admiramos, sentimos que a
qualquer momento também podemos ser desrespeitadas, abandonadas e
desvalorizadas pelos nossos parceiros.
Nessa
história, que é a da maioria das mães solos, não podemos deixar de pensar na
importância da independência financeira da mulher. Já que está claro que não
existe beleza, inteligência, carisma para estar livre dessa afronta, o melhor a
fazer é conquistar nosso espaço no mercado de trabalho como garantia.
Apesar de
toda a dor da decepção a cantora pode seguir com sua carreira quem sabe até
faturar como um novo trabalho assim como fez a Shakira e a Beyoncé na mesma
situação. Mas e quem depende de seus companheiros financeiramente para viver?
Esse é um
dos principais motivos que fazem as mulheres permanecerem em relacionamentos
abusivos. Já que muitas vezes elas são impedidas por preconceito dos pais a
voltarem para casa e recomeçarem uma vida. Por isso a autonomia financeira
salva mulheres todo dia. Ela é um dos caminhos para dar dignidade às vítimas.
Até nisso
o machismo implica. Além de afetar o bem-estar das mulheres, também ameaça o
desenvolvimento econômico. As alternativas de capacitação e recursos
financeiros salvam todos os dias mulheres de homens medianos convencidos que
merecem parceiras fabulosas e que não respeitam nem mesmo quando estão
grávidas.
Quando
casos como esse se repetem fica claro que na nossa cultura a mulher significa
pouco para o homem. Um troféu para expor para os amigos, que pode ser
descartado quando a troca for mais vantajosa.
Acredito
que cada mulher é livre para fazer suas escolhas, mas não podemos esquecer que
as relações românticas não são o centro da vida. Não viemos a este mundo apenas
para ser mães, esposas e cuidadoras. Não somos objetos para sermos escolhidas
nas prateleiras do amor e depois jogadas fora como um brinquedo gasto. Nem
precisamos compactuar com a busca masculina de poder e afirmação.
É cansativo
pedir o mínimo quando merecemos mais. Por isso, assim como a Iza e outras
mulheres fortes, conseguimos viver sem compactuar com a falta de respeito
alheio. Graças à independência financeira ela vai seguir sendo maravilhosa, vai
dar a volta por cima assim como eu e você caso precise. Mas a chateação é saber
que o descaso do outro abre feridas que demoram uma vida para cicatrizar e
sabemos que sobre essa dor, nessa fase, ela não precisava.
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