Segunda-feira, 12 de agosto de 2024 - 13h12
Não nego minha descrença sobre pesquisas realizadas pelo Datafolha, mas o resultado obtido entre 6 e 7 de agosto de 2024 revela que 46% dos eleitores da cidade de São Paulo não iriam às urnas se o voto não fosse obrigatório. Acredito. 52% contra e 46 % a favor. A maior parte da população, 47% total e 23% parcialmente, afirma que a eleição municipal tem impacto direto em sua vida. Considerando que a metodologia tende a representar o universo dos 5570 municípios brasileiros, pelos cortes feitos e pela margem de abstenção histórica que beira os 30%, é forçoso imaginar que a preocupação maior do brasileiro nem é ideologia nem democracia, para desespero dos que esquecem que o tripé segurança, saúde e educação são a base das nossas demandas. Isso em parte revela o radicalismo político da direita e esquerda que não enxergam além do whatsapp ou daquilo que o dono do burro permite.
1.2-Maduro: um osso duro de roer
Semana quente. Brasil, México e Colômbia, três peões no xadrez diplomático onde o tabuleiro é a Venezuela podem mudar seus destinos: o peão pode ser promovido ou ser apenas peão. O Brasil continua no aguardo de que o Super Bigode apresente as atas para confirmar o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), na noite de 28 de julho. Se essas atas não forem reveladas, dizem fontes do governo brasileiro, “o Brasil não vai reconhecer o triunfo de Maduro, mas não vai romper com a Venezuela. Ficaremos com um vínculo estremecido”. “E que vantagem Maria leva nesse rolo”? Nenhuma. O Sêo Lule ficará desgastado, o Brasil ficará com a liderança abalada, mas seus dois puxadinhos internacionais se livram da forca. Caso o Maduro imponha a sua vontade não apresentando as atas, os três peões podem encher a pança de chá de camomila enquanto esperam a posse do Bigodon em janeiro, mas a Venezuela não será abandonada como fizeram Temer e Bolsonaro. Ficará tudo como dantes no Quartel d’Abrantes. Ora, o grande parceiro comercial, a China, não faz eleições e o Brasil convive bem com o fato. O peão é alma do xadrez por ser o “cabra marcado pra morrer”. Não é Eduardo Coutinho?
1.3-Guerra no trânsito
São dados oficiais. De janeiro a maio deste 2024 o trânsito brasileiro matou 1507 pessoas. São 300 pessoas mortas todos os meses e os dados são dos acidentes com morte imediata no local do acidente, não computados casos de morte ocorridos depois, em hospitais ou no trajeto para atendimento. Se computados o número teria um aumento de considerável não registrado pela estatística. No acidente aéreo ocorrido semana passada em São Paulo, 62 pessoas morreram. Por se tratar de um raríssimo acidente aéreo na aviação comercial - o último ocorreu há 17 anos - a comoção e a cobertura jornalística dão visibilidade maior que as mortes de trânsito. Comparado aos acidentes de trânsito, é como se de janeiro a maio, cinco aviões lotados tivessem caído pelo país. Enquanto isso, anestesiados nós assistimos mortes diárias quase invisíveis como coisa normal e com chances mínimas de solução. É cruel!
1.4-Mais branco, impossível
O processo de alvejamento das capivaras capturadas na Operação Lavajato segue a todo vapor em escala industrial. O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, o famoso STF, anulou as provas provenientes do acordo de leniência da maior fonte brazuka de pagamento de propina, a ex-Odebrecht, atual Novonor, usadas em processos contra o austríaco Peter Weinzierl, ex-diretor do banco Meinl Bank e do “Corcho”, big boss argentino, Jorge Ernesto Rodríguez. As provas invalidadas referem-se a processos abertos na Áustria e na Argentina e o ministro seguiu sua própria linha de atuação. Ele já havia alvejado as fichas de políticos e empresários de mais cinco países: E o baile segue firme à luz do dia: a destruição da luta contra a corrupção é implacável.
1.5-Jabutis arbóreos
Já vimos isso antes. Jabuti é uma gíria para “contrabandos” de parlamentares em projetos ou MP’s, para enfiar seus interesses. Dizia Ulisses Guimarães “jabuti não sobe em árvore, se está lá foi água ou mão de gente”. O jabuti atual é filhote e vem de uma família criada por Dilma para extorquir quem tem mania de usar luz elétrica em lugar de “poronga”. Com o fito de incentivar as usinas eólicas off-shore - os cataventos dentro do mar - deputados federais deram um jeito de criar uma espécie de 13º da energia elétrica que vai fazer com que a tarifa média de R$ 168,15 tenha um adicional que no final do ano bem distribuído ao longo de meses trará um papai noel invertido. Pagaremos R$ 221,96 no “talão de luz”. Quer saber mais? Os subsídios concedidos já são quase metade da conta e Dilma ajudou quando em 2012 resolveu baixar a conta de luz por MP. Não deu certo e cai no boleto até hoje. E tem mais: o crédito tomado pelas distribuidoras durante a pandemia está na conta de luz, os prejuízos da seca de 2021 e 2022 idem e Sêo Lule noutra MP tipo Dilma, autorizou o governo a tomar empréstimo para pagar os créditos assumidos em nome dos consumidores. É a securitização de R$ 20 bilhões que a União teria a receber em três décadas da Eletrobras como parte da privatização. A sanha de taxar e gerar mais imposto e boleto não para assim como os gastos O estado rapela nosso bolso enquanto jabutis dormem no topo das árvores.
2-Último
pingo
Foi uma overdose de esportes. Alguns antigos, conhecidos, outros com cara de mundo tecnológico, incursões à modernidade como a abertura embarcada no Sena, à “Missão Impossível” de fechamento e voltamos à nossa vidinha de sempre com 20 medalhas por coincidência no 20º lugar na classificação, com choros, sorrisos e despedidas. Era o esperado e o merecido. Pena que alguns atletas brazukas terão que encarar o de sempre a partir de amanhã enquanto sonham com a próxima olimpíada: ausência de local apropriado para treinamento, fome, sivira nos 30, favela, desalento e desemprego. Após 14 anos o bolsa atleta foi reajustado em10,86% variando de R$ 410 geral a R$ 16.629 para quem tem chance de medalhas. É o que ocorre para se obter as 20 medalhas. É sofrido, é na marra, como atos de pura bravura brazuka!
03-Ponto
final
Paris se despede dos Jogos com cerimônia feia,
chata, tediosa, bronca em atletas e astros americanos, cita o jornal o Estadão.
A passagem da bandeira olímpica a Los Angeles, que receberá o evento em 2028,
teve Tom Cruise, Red Hot Chili Peppers, Billie Eilish e Snoop Dog. Foi muito da
meia boca.
Como cortar a própria carne sem anestesia
A “tchurma do primário mal feito” disse: corte só depois da eleição. Dona Simone jurou: "Chegou a hora de levar a sério a revisão de gastos. Não é p
Deu o que o americano escolheu
Assisti parte do “esforço jornalístico na reta final” das eleições nos EUA durante a madrugada e vi duas desmobilizações que não estavam previstas.
A segurança é importante demais para ficar apenas com um ministro A ideia do SUSP não é ruim e nem nova. É de 2018- Lei 13.675 – quando o Brasil vi
Quem é com-Vicente? Será o Benjamin?
Sêo Benjamin do STJ foi à boca do palco e anunciou: “O STJ não vive uma crise exceto a de volume gigantesco de processos. O que temos são fatos isol