Quarta-feira, 13 de março de 2024 - 18h24
01-As
grandes empresas de aviação fazem o que querem e como querem no Brasil, afirmei
na coluna anterior e recebi observações e reparos e em quase todas, críticas ao
Tribunal de Justiça de Rondônia e ao Ministério Público do Estado. Apesar de
vivermos tempos estranhos em que a Corte Constitucional reconhecida como
Supremo Tribunal Federal avançou e avança todos os dias sobre interesses e
conflitos que surgem principalmente na seara política, as duas instituições que
se veem como PODERES e no caso do STF, insculpido na Carta Constitucional como
a tríade de Montesquieu, agem normalmente quando provocadas no sentido de
demandadas e não no sentido de acusadas. Ora assim sendo, o TJ-RO e o MPE-RO entraram
no caso da demanda rondoniense por provocação, mas é preciso entender que a
esfera para resolver o caso está acima das suas competências e que os dois
institutos agirão sob forte limitação, apesar de serem importantes para e nas
tratativas que venham a surgir. Repisando, não cabe à justiça estadual resolver
o imbróglio das linhas aéreas, mas que tal chamar a Defensoria Pública e o
Procon? A pergunta é retórica e não creio que mesmo juntos os parlamentares, o
Executivo, os poderes enfim, e até os para-poderes do estado estaduais tenham
uma solução para o caso, pois a lei, ou sua falta, foi firmada desde o caso VARIG,
por não haver concessão de serviço público.
2-“Entre direito e justiça,
a opção é a justiça”, mas nunca é simples assim. Sobre o direito a questão está
pacificada e o mercado - esse ente invisível que dita os rumos da sociedade -
diz o que deve ou não ocorrer. Nossa “constituição humanista” tentou desde o início
regulamentar as taxas de juros, os direitos da sociedade, as cláusulas pétreas,
identidade e direito indígena e assim pontuar o direito como linha mestra a ser
seguida no país, organizando demandas conhecidas ou não do povo. Ocorre que a
sociedade é um organismo vivo e o direito – ou a lei – se adequa às pautas que surgem.
A nossa estrutura judiciária é enorme, faraônica, complicada e desorganizada.
Temos lei do tempo do império que falam dos armazéns alfandegados ou de terras
públicas de marinha. Temos salários pagos a um santo – Santo Antônio –
carreiras de estado cujos salários são limitados e concomitantemente há escapes
para mais que dobrar o valor original, temos
uma profusão de vices, adjuntos, o sistema bicameral em conflito e no
final, nossa carta peca por falta ou excesso. Temos conselhos para tudo,
agências de tudo e indefinições, por exemplo, para quem pode atuar como empresa
de aviação, mesmo que faça justiça ao cliente e pagador de impostos.
3-Defendo o estado
mínimo, voltado para atender as demandas e necessidades da sociedade previstas
na constituição. Um estado forte sem ser autoritário, enxuto, produtivo sem
interferir nos arranjos empresariais, que respeite o direito à propriedade,
privilegie a meritocracia, que tenha leis iguais para todos, que seja isonômico
tratando igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na exata medida de
suas desigualdades. Um estado moderno possui ferramentas e protocolos que
evitam e impedem que uma região ou um estado como Rondônia passe pelos
constrangimentos como o que estamos vendo e sem ter a quem recorrer. Num estado
moderno todas atividades são NORMATIZADAS, REGULAMENTADAS E REGULARIZADAS e
assim a jogatina, cassinos, loterias, bem como turismo, ensino superior, exploração
de recursos inclusive minerais, participações em empresas estatais, salvo as
que envolvam a segurança nacional, administração de presídios, ficam a salvo da
sanha predatória de políticos e ingerência dos grupos aboletados no poder que
olham por exemplo para a Petrobrás como “coisa nossa”. Money, money, money.
4-Voltando mais para
Rondônia e em particular para a justiça, o Tribunal de Justiça do Estado abre a
temporada de Justiça Rápida Itinerante. Na próxima semana, 16 e 17 de março,
serão destinados às triagens para as audiências que irão ocorrer nos dias 23 e
24 na Escola Joaquim Vicente Rondon, Zona Sul de Porto Velho. A ação que é
gratuita se reveste de uma visão cidadã ao promover soluções preferencialmente
via acordos arbitrados por magistrados e autoridades dos diversos organismos e
ocorrerá em regime especial de atendimento, no final de semana. Assuntos como
casamento civil, correção de registros e acordos financeiros, cobranças, guarda
e visita a filhos, conversão de união estável, divórcio, questões cíveis,
familiares, reconhecimento de paternidade, obrigação de fazer e várias outras
demandas que interferem na vida do cidadão que às vezes não tem hora para
resolver. Para quem é crítico da ação da justiça esta é uma face pouco
conhecida. E o Tribunal de Contas de igual modo sai do gabinete e vai onde o
cidadão sofre. A fila para atendimento pelo SUS preocupa e as ações de
fiscalização estiveram voltadas para o SUS. Nas UPAS e no velho João Paulo II a
coisa está fora do padrão que se espera e o TC se reúne com os dirigentes da
saúde para uma conversa “dentro das quatro linhas”. Como se vê ações pequenas
podem fazer muita diferença para o estado se o estado assim quiser. As
ferramentas existem.
02-ÚLTIMO PINGO
Pelos
aplicativos como WhatsApp, Telegram, pelas redes sociais, em programas de TV e
de rádios, pelo YouTube há até vídeos de um médico pilotando a máquina
agrícola. Somos bombardeados com uma propaganda eleitoral aberta, enquanto se
espera que os donos da eleição brasileira - o TSE e TRE’s – acionem as luzes
verdes indicando que será dada a largada. É como se os veículos da Fórmula-1
fossem alinhados antes da partida e bem à frente de seus concorrentes. As
denúncias de rua com buracos, sem água, postos de saúde sem médicos estão
sempre nas mídias pela voz de um concorrente a algum cargo público. E os donos da
eleição – TSE e TRE’s – já têm um plano estilo Cebolinha e Mônica para pegar o
Sansão e mostrar que há fakenews, IA, etc., etc., etc.
03-PONTO FINAL
“Vamos
fugir, pra outro lugar oh baby.” Notícias de Mossoró: O suprassuco de segurança
e justiça, Sêo Levandósque disse que o Deibson e o Rogério os fujões
macgyverianos estão sob encalço da tchurma do “seguraí que tô chegando“. O
primeiro mêsversário será comemorado amanhã dia 14, em algum lugar incerto e
não sabido, possivelmente de segurança máxima como o caso requer. Para o Sêo
Levandósque, “A operação, ao meu juízo, é uma operação que está se
desenvolvendo com êxito até o momento. Há fortes indícios que ainda se
encontram na região. O fato positivo é que não conseguiram escapar do perímetro
original”. Fora do perímetro original, só para manter a escrita atualizada,
apenas seis presos ajudantes de ordem e Beira Mar em Catanduvas. Eeeeeita
leoladeia@hotmail.com
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