Sexta-feira, 24 de novembro de 2023 - 13h27
O Congresso
Nacional arrebentou o cabresto e 26 duplas velozes saíram desembestados
abandonando na estrada a carruagem forrada de veludo vermelho acetinado da Alta
Corte do país com seus príncipes embasbacados, sem entender o que houve. Um duro
golpe no orgulho de cada um. Como se atreveram? Ontem pela manhã alguns poucos
registros da imprensa falavam do estrago que a maioria dos senadores e com um
agora (será?) corajoso Pacheco haviam provocado no Poder Judiciário especialmente
no STF e seu puxadinho eleitoral. O Antagonista trazia em manchete: “Integrantes
do STF se sentiram “traídos” após aprovação de PEC” e seguia, “Na
visão dos integrantes do Supremo, a aprovação do texto que limita decisões
monocráticas do STF foi uma “provocação desnecessária. Integrantes do Supremo
Tribunal Federal (STF) se sentiram traídos tanto pelo presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), quanto pelo líder do governo na Casa, Jaques Wagner
(PT-BA), após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita
decisões individuais dos ministros”. Lembrei Augusto dos Anjos – “A mão que
afaga é mesma que apedreja” por entender que a traição só ocorre entre íntimos
ou associados...
A
sofrência maior é de Sêo Barroso, advogado
que foi guindado ao píncaro da gloria jurídica tornando-se presidente do STF e
que, ainda se acomodando à cadeira e cheio de ideias para consertar o Executivo,
a Constituição, o Congresso, a Democracia, o Estado Democrático de Direito, o
País, os “manés perdidos” recebeu um petardo pela proa, justo quando estava no timão
vendo a carta náutica que previa tempo bom e “Mar de Almirante”. Para integrantes
do STF Jaques Wagner destruiu pontes que o governo Lula construía com o Supremo
e um deles tem opinião forte: “Não esperem mais que o Tribunal facilite a vida
de Lula”. Além de Wagner, caso difícil é o de Pacheco pois os quase futuros
colegas - ele era opção para integrar o STF - estranharam seu empenho para aprovar
a PEC, tendo até conseguido votos do Otto Alencar (PSD-BA), Daniela Ribeiro
(PSD-PB) e Mara Gabrilli (PSD-SP). Vamos meditar com a Raja Yoga.
O que
ocorreu de tão importante com o “Capacho Pacheco” vestindo
a capa de um herói Marvel? Ora, sua coragem era menor que o sub-átomo de alguma
coisica, mas o Zema de Minas pediu que ele fizesse uma ponte com Lula e, só
para variar, Zema tomou um chá de cadeira do “homi” e se pirulitou. Pacheco sentiu
o golpe. Rifado para a vaga do STF, não aguentou as pressões da imprensa,
parlamento e claro, de eleitor mineiro que queriam vê-lo lutando de capa e
espada pelo estado que deve muito à União e tem Lule e seus agregados querendo
pegar esse débito e transformar em crédito e cacife político. Abandonado,
ouvindo cobras e lagartos, vendo os “negócios advocatícios” indo para a “Casa
do Crica” e percebendo a desconfiança do seu eleitorado, Pacheco capitulou e cresceu,
ainda que a contragosto. Afinal é da natureza aguentar o pisoteio e provo com a
sua afirmação antes de colocar a PEC em votação: "Não há nenhum tipo de
afronta, nem tampouco, nenhum tipo de retaliação, absolutamente. O que nós
estamos buscando fazer no Congresso Nacional é o aprimoramento da legislação e
o aprimoramento da Constituição Federal para garantir que os poderes funcionem
bem", enquanto mantem sob a parte final de sua coluna vertebral os
processos de impeachment contra vários ministros do STF e enquanto não se
esquece as ordens que recebeu da Corte. É um “sopro pachequista de barata”
antes de dar a mordida.
Com
relação a Jaques Wagner duas leituras: a aprovação da PEC
eram favas contadas pois a articulação do Planalto foi pífia. Sem uma boa mão
Wagner entregou o jogo saindo maior do que entrou ainda que perdendo um jogo sem
chance. De mais a mais, deu um pau no esquerdismo lambe-botas de Rui Costa,
Randolfe, Cantarato e Humberto Costa e abriu fretas para seu futuro onde só o
poste Haddad tenta alçar voo. No frigir dos ovos para qualquer lado que se
volte percebe-se que no Brasil há um novo eleitor mais politizado, que não
acredita na velha imprensa ca(*)ando regras pelos jornais nacionais e que vive
cada vez mais nas redes sociais interagindo, vendo e ouvindo muito. Para os novos
tempos, surgiram as novas armas para as velhas práticas. Como diria Elba
Ramalho, “o povo não é besta”. Mas e o STF o que fará? Engolir a seco ou partir
para o desforço? Fico com a segunda alternativa. Aliás, Sêo Gilmar, aquele
advogado que dá expediente no STF já disse que lá no STF não existem covardes e
que os que votaram a favor da PEC são pigmeus morais (ou quis dizer Moraes?) E sobre
o Congresso? Acredito que alguém com o rabo preso vai dar uma de João sem Braço
e entregar a rapadura e aposto pelas antigas e agora novas ligações – a esposa dele
trabalha no STF – em Randolfe Rodrigues. E para não esquecer da Globo, a frase da
Globo News foi protocolar, poética, madura e medrosa: “Acabou a lua de mel do
STF com Lula.” Esqueceram de citar que para quem deu a presidência a Lula, tudo
é possível e o establishment vence. Se o jogo é truco, o Senado tem o Zap mas
não sabe usar ou talvez não tenha coragem de usar.
2-O
ÚLTIMO PINGO
1-O STF pegou um rebanho de gado
humano e socou dentro de duas penitenciárias em Brasília para resolver, punir, multar
ou algo do tipo desde o dia 9 de janeiro. 10 meses e tem gado preso sem saber
porque e nem os advogados conhecem o processo que mais parece coletivo, dado ao
teor das sentenças.
2-No meio desse gado estava um
cidadão doente. Ao falar dele e de uma intercorrencia médico-judicial – deve
existir isso aí – o Sêo Barroso disse que todo dia morrem quatro presos no
país, porém não descreveu o que significa ser um indivídio preso que é o
sentenciado julgado depois do processo judicial. Sêo Barroso não disse o nome
do preso mas disse que morreu “possivelmente de causas naturais“, contrariando
a PGR que havia pedido sua soltura, negada pelo STF, face aos graves problemas
de saúde. Acho que o tal pedido entrou no rol daquelas saídas jurídicas para
não responder as irrespondíveis: a famosa “perdeu mané”.
3-O STF refez tudo que foi quebrado
pelos manifestantes, terroristas, bandidos ou patriotas, de acordo com o gosto
do freguês, mas há um cadáver e perdão pela redundância, devidamente morto no salão. Os cadáveres tem essa mania
odienta de permanecerem imóveis como se estivessem mortos, esperando que alguém
assine atestado de óbito, chore, acenda vela, etc. O “decujus” pois Sêo Barroso não disse o nome
na nota burocrática, bem estilo STF, vem a ser CLERISTON DA CUNHA, o Clezão para os amigos e a família.
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