Terça-feira, 9 de abril de 2024 - 13h51
01-Estava repousando depois de duas cirurgias feitas no dia anterior quando às 4 da manhã fomos rendidos, eu e minha esposa, por 3 bandidos em nosso quarto, algo que não desejo a inimigos. Mesmo com grades, câmeras e cerca elétrica, os ladrões entraram e a seguir o padrão comum e costumeiro: limpa da casa sob mira de armas. Ficamos trancados sem chaves e sem telefone e depois que saímos, outro padrão: 190, PM amigos e vizinhos na calçada. Por sorte um amigo localizou minha camionete também roubada, avariada e abandonada que havia sido roubada. Na sequência dias conturbados com BO, burocracia, a paranoia para inventariar o que foi roubado, conseguir um vigia particular noturno e contratar o monitoramento profissional. Em meio à convalescença e ao caos tentei solucionar o quebra-cabeças pronominal - “o que, quem, por que”- que se instalou e por fim abandono e impotência. Já se foram 16 dias desde o assalto, mas nada obtive de notícias sobre o fato e, para piorar surgiram registros dos moradores do meu bairro mostrando em vídeos de seus celulares e câmeras particulares de mais dois assaltos aqui no bairro, há cinco quadras do CIOP-SESDEC. Senti na pele o que sente o trabalhador quando lhe roubam celular, bicicleta e ferramentas, fontes de seu sustento. Meu pequeno escritório de gravação é hoje um “ex-critório” vazio e infelizmente as forças de segurança continuarão sendo uma atividade pública cara, custeada pelo povo e que usa modelos anacrônicos de inteligência, governança e investigação, com baixa presença ostensiva sem condição de enfrentar em igualdade de condições as várias facções que tocam o terror no Brasil e pior, constato que as polícias por todo país são reféns da burocracia do estado e levam a todos a percepção de que estão vencidas nos morros ruas, delegacias, quartéis, favelas, campo e cidades, travadas para continuar a luta contra o governo para-oficial instalado em todo país pela facções de dentro e de fora das prisões. Nos morros cariocas os moradores sabem como foi que as facções e milícias se alinharam ao estado e o substituíram e esta lição vem sendo passada e aplicada em todo país. O povo de Mossoró sabe.
2-Creio que o ovo da serpente surgiu com a criação dos presídios federais espalhados pelo país de norte a sul a fim de conter o crescimento e ação das organizações nascidas do incestuoso convívio de presos políticos da ditadura com presos comuns na cadeia nos anos 60. Este é o DNA do Comando Vermelho. Hoje as cidades no entorno de prisões federais acolhem familiares dos presos, ajudantes de ordens, pombos correios, advogados. É a fina flor da baixa canalha endinheirada que além de tarefas corriqueiras têm a função marginal de recrutar o exército para o tráfico. O exemplo aqui em Porto Velho são os conjuntos habitacionais com a sigla pichada, onde apartamentos e casas foram ocupados por criminosos pagando um preço vil ou simplesmente expulsando o morador. Isso é de domínio público e é como enxugar gelo: a polícia investiga, dá o flagrante e prende. A justiça sentencia e passa o preso para o sistema prisional onde ele é recebido por quem manda realmente e então ele é batizado pela facção dominante e se torna um fiel soldado. A leniência do estado, a parafernália de leis e recursos são facilitadores para os ricos criminosos que podem bancar incontáveis recursos pela insegurança jurídica advinda de portarias, revisões e benesses, a exemplo da implantação do juiz de custódia e excrecências como saidinhas ou a obrigação de que o cumprimento de pena só comece após o julgamento final de todos recursos. E há agora a novidade de se aproveitar da decisão que anulou todo processo judicial julgado fora do local do crime - Fachin/Lavajato – abrindo a estrada para a impunidade. Como se vê, no Brasil a boa justiça é para poucos e ricos.
3-A serpente pariu filhotes e hoje no seu ninho no Rio de Janeiro e São Paulo o que se vê é um monstro híbrido de bandidagem, a milícia carioca, fruto da relação do estado com o crime organizado que avança para o fundão do país. Até agora pelo que sei a relação não existe em Rondônia, mas nunca se sabe sobre o futuro. Quem ousaria pensar que nossos vizinhos Acre e Amazonas viveriam a loucura da violência atual? Como imaginar que ACM e o carlismo seriam defenestrados na Bahia e sua capital se transformasse na régua que fecha a lista das piores capitais pelo menos em dois pontos: desnutrição infantil e população abaixo da linha de pobreza? Nestas três capitais citadas e noutras do Nordeste a simbiose crime e castigo é vista diariamente pelos programas de TV e redes sociais. Dia desses um ex-respeitado jurista disse: “um país assume a condição de narcoestado quando o poder do tráfico tem domínio de suas instituições sociais e políticas”. Há algum tempo ele também disse que o Brasil era governado por uma cleptocracia. Ora, como podemos ver Sêo Glmar continua sabendo dos humores nacionais ainda que nada faça para contê-los ou reduzi-los, e digo que é muito pelo contrário. Os estadistas de antolhos não enxergam o Brasil de hoje. O serviço público se transformou num negócio lucrativo onde os eleitos se transformam em elite e nós, “sifu ó”.
4-Caça e caçador ou cassa o caçador? O deputado federal Sêo Máximo deu uma ré de fasto e avisou que prefeitura de Porto Velho é papo furado. Sei não, mas consta que Sêo Deiró tem um papelin guardado na gaveta da ALE que pode tê-lo ajudado a pensar melhor e isso talvez explique o vídeo rodado nas redes sociais em que um seu ex-colega de governo o chama de frouxo. Como Sêo Máximo conhece agro e até pilota máquina agrícola, sabe onde o boi pode arrombar a cerca e como ele não é boi, dosa a sua força quem sabe para governo, quem sabe a senado, quem sabe para outra oportunidade, quem sabe numa vaga de vice e quem sabe o papelin de Sêo Deiró suma lá dentro da ALE. O debujo para a eleição da Prefeitura de Porto Velho está ficando interessante e olhando assim meio de longe ou assim meio de perto está bem favorável à doutora Mariana Carvalho. Então fica assim: Saúde!
02-ÚLTIMO
PINGO
O Brasil está numas estranhas. Talvez pelo
gigantismo geográfico a “extrema izquierda” vou-me contrapor a “extrema
direita” tão ao gosto da tchurma do primário mal feito, resolveu aplaudir o antigo
algoz e ministro do STF Sêo Alexandre. Puro oportunismo ou um surto tardio da
síndrome de Estocolmo? Pero sí, pero nó, partiram dicumforça para a busca
urgente da panacéia para todos os males que é, dizem eles, a regulação da
mídia, o sonho de dez entre dez sinistros O relator é um baiano de São Paulo mais
enrolado que tapioca com queijo e ovo, mas a receita não deixa dúvida: é
ditadura e ponto. Braba. Pena que os jornalistas de hoje em dia não se arrepiem
ao ouvir tal palavrão. Qualquer tipo de ditadura só causa asco, nojo e repulsa.
Mas eles querem.
03-PONTO
FINAL
Pra não dizer que não falei de Mossoró, o
suprassuco da segurança e justiça, Sêo Levandósque, foi aplaudido por Sêo Lule
depois do feito “fantástico” que só se assemelha a ação da nossa FEB na Itália.
Foram 50 dias de refrega e ao final os dois malvadões foram apanhados,
algemados e apresentados à autoridade competente para os procedimentos policiais
e jurídicos legais. Claro que uma operação de tal envergadura, dessa grossura,
que finda com uma canadura, envolve grana pura que o Suprassuco da Segurança e
Justiça vai absorver sem explicar na caradura. Foram R$ 6,094 milhões! Rapadura!
09042024
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