Sexta-feira, 23 de agosto de 2024 - 13h05
Sêo Moraes mandou e a PF vai ouvir o ex-auxiliar do próprio Sêo Moraes, o, Tagliaferro que chefiava um órgão do TSE, a AEED-Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação. A intimação obedece a um novo inquérito que apura vazamento de mensagens trocadas entre Moraes, servidores e juízes auxiliares no contexto das eleições de 2022. O TSE apurava “ataques contra o sistema eletrônico de votação e instituições” e o produto obtido pelo TSE foi usado pelo STF que mirava bolsonaristas, segundo reportagem da Folha denominada “Vaza Toga”. Em mensagens via aplicativos inclusive com Tagliaferro, disse Moraes: “os procedimentos processuais estão registrados e ocorreram dentro da legalidade”, mas fica patente que Sêo Moraes mandou investigar o seu próprio gabinete o que é muito estranho, pois assim que saiu a reportagem da Folha ele disse que nem ele e nem o seu gabinete estariam preocupados. A PF vai ouvir Tagliaferro, seu cunhado e sua ex-esposa que são parte de um processo sobre violência doméstica quando foi apreendido o celular do Tagliaferro. Talvez saíram daí os dados da Vaza Toga.
1.1- Tagliaferro: traidor ou bode expiatório?
Dois jornalistas publicaram na Folha uma matéria que envolvia o Ministro do STF que ao mesmo tempo presidia o TSE. O ministro tem assim, gabinete no STF e o usou para demandar o TSE que ele presidia, obtendo de maneira inusual informações que ele usou no STF como juiz para condenar. Ao saber da reportagem, disse Sêo Moraes que “os procedimentos processuais estão registrados e que ocorreram dentro da legalidade”, no que foi seguido por quatro colegas da Corte, advogados do “Prerrogativas”, alguns juristas e jornalistas longe da unanimidade. A Folha disse de início que os 6 gigabytes não foram hackeados e que irá usar a técnica de seriar com mini veiculações para prender a atenção do leitor. Se verdadeira a resposta do Seu Moraes sobre legalidade de procedimentos, tudo é irrelevante e não há porque se preocupar, como ele mesmo disse. Por que então apurar o que nada vale? Por que mandar a PF investigar o perito Tagliaferro, que disse desconhecer os autos? E se Sêo Moraes “cismar” em saber da fonte dos vazamentos? Isso é inconstitucional. O sigilo da fonte está no art. 5. Indago: qual é o crime que Sêo Moraes quer ver investigado? Será o crime de Joaquim Silvério dos Reis, a traição? Existe crime de traição, ou Tagliaferro teria escorregado no fato de não cumprir ordem ilegal ou de cumpri-la sabendo-a ilegal? Fazer ou deixar de fazer? A propósito, em sendo traição o que pode mesmo ser feito?
1.1- Guerreiro Elétrico x ANEEL
A crise surgiu da “falta de homologação da governança e configuração de irregularidade no funcionamento da CCEE, divulgação do impacto tarifário percebido por consumidores, publicação de minutas de CER e da política de compartilhamento de postes”. O atraso nesses itens pela ANEEL agencia que regula o setor elétrico gerou uma crise no governo. Sêo Alexandre Slveira ministro subiu a serra e vociferou: “A persistência desse estado de coisas impelirá este Ministério a intervir, adotando providências para apurar a situação de alongada inércia da Diretoria no enfrentamento de atrasos que lamentavelmente tem caracterizado a atual conjuntura, com quadro de insustentável gravidade, que prenuncia o comprometimento de políticas públicas e pode implicar responsabilização dessa Diretoria" blá, blá, blá. Para lembrar a todos e ao ministro que é ex-delegado de polícia, ele, Sêo Lule, o governo ou qualquer semideus do planalto não têm o poder que sonham para enquadrar a ANEEL. Diretores de agências possuem mandatos e só deixam o cargo por moto próprio ou fim de mandato. Sêo Silveira vai calar a boca e guardar o trabuco ou é guerra? É outro da tchurma do primário mal feito. Ara!
1.1- Choque no setor elétrico
O setor elétrico no Brasil – geração, transmissão e
distribuição – é um rolo com bons e maus momentos a depender de gestores, mas
não se pode negar que temos uma matriz limpa e que avança apesar dos tais
gestores inclusive Dona Rucefe e há uma guerra antiga entre os atores que
buscam privilégios que só levam o consumidor à loucura e prejuízo. A exemplo do
item anterior, cito o atual debate sobre o PL 576/2021 que cria eólicas
offshore ou geração com vento em alto mar. O PL já foi aprovado na Câmara,
trata-se um tema importante para o País com a criação do ordenamento jurídico e
legal e um dos principais interessados é a Petrobrás que já opera na costa
brasileira e poderia somar geração eólica à atividade principal. Ocorre que o
Congresso navega por outros mares onde o foco principal não é exatamente o PL
citado. Cada vez que o debate é aberto surgem lobistas, picaretas e
parlamentares em busca do “contrabando legislativo” ou jabuti. Esse PL já tem oito
“jabutis”, com medidas aprovadas até com geração de energia a carvão. O rolo
elétrico tem até a “geração do nada”. A Rongás aqui de Rondônia foi criada em
1997 e parece ainda existir sem ter enchido um botijão de cozinha. A ideia era
“promover a produção, distribuição, transporte, comercialização, importação,
aquisição, armazenamento e prestação de serviços correlatos na área de gás
natural, seja para fins de matéria prima, geração de energia elétrica,
combustível além de outras finalidades e usos que os avanços tecnológicos
permitirem”, blá, blá, blá. Chocado? Mas a Rongás existe. Segue o
link aqui.
1.5- Império do terror. Estamos sitiados
Há algum tempo eu me vangloriei porque diferente dos vizinhos, Rondônia não havia sido capturada pelas facções criminosas. Ledo engano. À época a cobra crescia nas penitenciárias e no entorno da penitenciária federal com a chegada do staff dos bandidões a Porto Velho. Foram se instalando pela periferia e os conjuntos habitacionais foram recebendo ou sendo invadidos e separados pelas duas maiores facções. O tristemente famoso Orgulho do Madeira é dominado por um grupo e o Morar Melhor pelo rival. Hoje cedo um vendedor de um grande atacadista tinha agenda de atendimentos a clientes próximos desses locais, mas aproveitou o dia para revisar o carro depois de receber a informação que a área que ele visitaria está fechada pelo tráfico. Não chega a ser uma novidade nem para nós nem para a polícia, mas fica a pergunta? Até onde isso vai chegar? Os bandidos estão se matando nas ruas de Porto Velho à luz do dia, com execuções em barbearias, conveniências, bares ou no tradicional Mercado do Um. Contratar mais policiais é impossível, criar outra polícia como a Guarda Municipal é difícil, enfrentamento duro e hostil a exemplo de outros centros não resolve. Talvez mudanças no sistema penitenciário para asfixiar a cobra no ninho e uma nova política e abordagem para endurecer o policiamento na fronteira. A solução não vai cair do céu. É preciso inteligência e vontade. Enquanto isso estamos livres em casa com as cercas, câmaras, alarmes e monitoramento 24 horas por dia. E isso é cruel!!
2-Último
pingo
A PM soube pelo serviço de inteligência que o “exército do tráfico” iria mostrar do que são capazes em termos de violência e se fortaleceu na quarta-feira. Até o Caveirão foi escalado, mas não existe informação sobre mais rabecões. É coisa de Netflix: “Caveira contra a tchurma dumau”. O bicho vai pegar!
03-Ponto final
Sou pela legalidade e justiça. Mas olhando sob a
ótica da justiça e segurança, a baixa resolutividade em inquéritos policiais, o
aumento na demanda de direitos de presidiários e criminosos e a leniência generalizada
com crimes de todos os tipos e mais, vendo o crime organizado e as facções
assumindo o espaço sem estado entendo o porquê das execuções de tantos “soldados
de facções”. É justiçamento, ou justiça ilegal do bandido. O povo aprisionado em
casa sofre, pois, os matadores ou mortos são membros das suas famílias. Bandido
bom é bandido morto? Nós anestesiados, capitulamos? E agora?
Como cortar a própria carne sem anestesia
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Deu o que o americano escolheu
Assisti parte do “esforço jornalístico na reta final” das eleições nos EUA durante a madrugada e vi duas desmobilizações que não estavam previstas.
A segurança é importante demais para ficar apenas com um ministro A ideia do SUSP não é ruim e nem nova. É de 2018- Lei 13.675 – quando o Brasil vi
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