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Leo Ladeia

Política & Murupi - VPN: esse tal de subterfúgio tecnológico


Política & Murupi - VPN: esse tal de subterfúgio tecnológico - Gente de Opinião
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Nada como uma boa e saudável birra para nós aprendermos “gringuês”, a língua dos gringos. Vejam agora, na guerra STF x “X” a gente fica sabendo o que VPN: Rede Virtual Privada que os gringos chamam de “Virtual Private Network” ou para puristas de TI, rede de comunicações privada, construída sobre rede de comunicações pública, tipo a internet, para o tráfego de dados levado pela rede pública, usando protocolos padrões. Não é difícil, mas é enrolado e se você não sabe por exemplo o que é subterfúgio tecnológico, o melhor é fazer o EJA e só depois se aventure a entender as 4 imagens aí de cima. Creio que foi por isso que o STF proibiu o “X” e vai proibir o VPN que é o jeito de acessar na surdina sem ninguém saber. Ninguém vírgula, o STF tem como descobrir e já se adiantou mandando bloquear. Isso é coisa de gringo pra infernizar a vida da gente. E pode dar multa e cana. É melhor ser burraldo feliz do que esperto infeliz. Pronto! Não era pra falar, mas falei. 

1.2-       Vida (mais ou menos) inteligente no STF 

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Sêo Luiz Fux do STF votou por suspender o “X”, mas com ressalvas sobre a multa de R$ 50.000,00 para quem usar a rede social durante o bloqueio imposto por meio do “subterfúgio tecnológico” VPN. Punir apenas só os que falarem mal da Constituição. Mas sua ressalva não muda nada pois o que Sêo Moraes decidiu foi referenda por unanimidade. Será inovação do STF?  Explico: Há um dispositivo na Constituição Federal de 1988 no seu art 5º parágrafo IV que diz: “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”. Ora, se não mexeram na geografia esse dispositivo fala sobre o direito à liberdade de expressão, conceito debatido no Brasil ultimamente. Agora, se o STF acha necessário reforçar ou reafirmar é preciso dar uma de Raul Seixas, desdizendo o que foi dito antes e através de um neologismo regimental redizer explicando o porquê. Óbvio, que não há justificativa para alterar cláusulas pétreas da Carta, menos que estivéssemos em busca de uma nova carta, o que só poderia ser feito no e pelo Congresso. Jamais pelo STF. Diz Sêo Fux em seu voto: “Acompanho o Ministro relator com as ressalvas de que a decisão referendada não atinja pessoas naturais e jurídicas indiscriminadas e que não tenham participado do processo, em obediência aos cânones do devido processo legal e do contraditório, salvo se as mesmas utilizarem a plataforma para fraudar a presente decisão, com manifestações vedadas pela ordem constitucional, tais como expressões reveladoras de racismo, fascismo, nazismo, obstrutoras de investigações criminais ou de incitação aos crimes em geral“. O grifo é meu. Se fosse “gringuês, vá lá, mas é português, língua oficial da “terra brasilis”. 

1.2-       Programa eleitoral gratuito 

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Analisando a guerra eleitoral em São Paulo com a fina flor da baixa canalha se digladiando no circo de horrores, me sinto confortável e agradecido pelo que vejo aqui na santa terrinha. Temos problemas de verdade, sérios, falta qualidade na maioria aos nossos postulantes, não há grana, projetos e visão para enfrentar e solucionar nossas mazelas, mas sobra urbanidade e trato. Olhando os programas de São Paulo e Porto Velho é como se estivéssemos vendo lá um bate-boca ou “vias de fato” numa biqueira de favela e aqui em Porto Velho uma festa numa creche. E o que irrita é que todos os órgãos que dizem tudo que pode e não pode ser feito ou ser dito, que regulamentam tudo o que existe dentro do período eleitoral, carimbaram suas fichas, suas convenções, programas, etc. e a tudo assistem. Dureza é saber que lá mais à frente tudo será eviscerado e a decisão do eleitor pode ser até jogada no lixo. Aí o mal foi feito e é alto o preço para consertar. Candeias é exemplo. 

1.2-       Não é a casa da mãe Joana 

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O Brasil não é a casa da mãe Joana. Sem essa que Elon Musk é herói de capa e espada, tipo Antonio Banderas fazendo o papel do Zorro, apesar do seu discurso libertário que empolga. A empresa “X” é relevante para o Brasil, mas como qualquer empresa tem de seguir as nossas regras para atuar no Brasil que aliás depende e muito do “X” e da Starlink, a outra empresa que está no rolo como “Pilatos no Credo”. Mas não passo pano na sala da casa da Mãe Joana. Convenhamos que é difícil principalmente para os gringos seguirem as nossas regras. O Brasil é um como um cipoal espinhoso em termos jurídicos, tributários, financeiros e burocráticos e falta um judiciário acreditado e que estabeleça a segurança jurídica. Aliás, nossas excelências estão anos luz dos “justices” gringos dos EUA. Imaginem uma Suprema Corte brasileira com o Sêo Moraes e colegas atuando num caso como o da Dona Rucefe, apeada do poder, mas recebendo a pena pelo meio. A culpa por termos esta suprema e cara corte de justiça aí da foto, não é dos que a compõem e sim da forma como se dá a escolha e leniência dos que aprovam e coonestam, principalmente o Congresso com a sabatina de faz de conta. O STF custa caro, sobrecarregado por processos fora da sua competência na maioria em razão de um vastíssimo foro privilegiado e pior, ainda se dá ao luxo de atuar como corte política, legislando, imiscuindo-se no Congresso e Executivo, contribuindo para afirmar a impressão que o país é mesmo uma casa da mãe Joana. É uma pedreira irmão. Grande, dura e difícil de quebrar.                                                

1.2-       Nem tudo o que reluz é ouro 

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Surpresa! A economia brasileira cresceu 1,4% no segundo trimestre 2024 em relação ao primeiro e os tambores do IBGE rufaram, o ufanismo tomou conta de Brasília e Sêo Lule já começou a deitar falação contra tudo, todos e todes. Não chega a ser assim uma Brastemp, contudo é 0,5% maior que a previsão dos cabeças gordas da economia que previam um crescimento de 0,9% do PIB. Muito bom! Comparado ao segundo trimestre de 2023, foi relevante: 3,3%. Porém a lupa nos mostra mais: Alteração positiva da oferta em serviço e indústria, mas o carro chefe, o agro, encolheu 2,3%. Altas na demanda face o investimento privado, consumo das famílias e consumo do governo ou o governo gastando mais imposto, ainda que na veia do povo. A alta das importações 7,6% mostra que a demanda interna está aquecida e aí vem outro bom dado que é a redução do desemprego. Mas, sempre há um mas, a expectativa futura continua mambembe e mesmo com os dados de hoje a economia deve patinar neste final de ano mais ainda em 2025 e o reflexo será o aumento da taxa Selic e a desvalorização cambial, o que torna o ambiente tóxico para investir e consumir. Na previsão mais otimista Selic em 11,5 a 12% no início de 2025. O governo tem um rombo que precisa ser financiado. Conselho: cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

2-      Último pingo

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Fim de mês folhinha virada e o mês de agosto que se dizia mês do cachorro louco já é passado. Setembro chega com a mesma roupa de agosto e salvo as dos ipês, nada de flores e o futuro está cinzento cobrindo o nosso antigo céu azul. Tento ser otimista, mas vem a frase do Pedro Malan “no Brasil até o passado é incerto” e minha paranóia volta com força como ocorre sempre na primeira semana até o 7 de setembro. Traumas de 1968 quando eu era um recruta da Aeronáutica. Vendo a guerrilha do nós contra eles duas coisas me ocorrem: primeiro será que a última eleição foi mesmo uma eleição ou a realização do sonho do establishment? A outra é quando será que o ano de 2022 vai acabar? Será que algum dia 2022 vai ter fim ou ficará na exposto na estante ao lado do livro do Zenir Ventura “1968  o ano que não terminou”? 

03-Ponto final 

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11 horas da manhã de segunda feira e sem aviso prévio o característico som dos motores de avião em procedimento de descida em Porto Velho foi de forma abrupta aumentado. De casa na reta final do aeroporto apuro os ouvidos e percebo algo que não chega a ser novidade; o avião que vem de Brasília arremete provavelmente para a mesma Brasília em busca de algum lugar onde possa desovar seus clientes em segurança, pois a Porto Velho coberta de fumaça não oferece segurança para o pouso, em plena luz do dia. Se tudo correr bem, à noite ou noutro dia o avião apareça e quem sabe outro dia a gente volte a cantar sem tossir: “Azul, nosso céu é sempre azul”... 

leoladeia@hotmail.com

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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