Quarta-feira, 20 de maio de 2009 - 18h49
Foi mesmo muita água. Se abril já costuma ser o mês mais chuvoso de todos os anos no Nordeste, o de 2009 fez a região alcançar a terceira maior média acumulada de chuvas desde 1961. Foram 470 milímetros de média registrada este ano, quando a média histórica do mês no Nordeste, em 48 anos de monitoramento, só chega a 270mm. Apenas o abril de 1985, com 560mm, e o de 1965, com 480mm, foram mais chuvosos do que este. Em 1974, considerado um ano também de pluviosidade torrencial, teve média de 450mm. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), principal centro de estudos meteorológicos do Brasil, desde o ano em que passou a anotar as chuvas nordestinas. As informações por Estado não puderam ser disponibilizadas. Segundo o peruano José Marengo, pesquisador titular do Inpe, ainda estamos no pico da estação chuvosa de 2009 que vai de fevereiro até maio. Muita chuva ainda está por vir, mas os especialistas explicam que o período agora é de precipitações menos intensas, porém com mais ocorrências. Como maio ainda está em andamento, ele explica que os dados mais recentes não estão totalizados. Lincoln Alves, meteorologista do Setor de Clima do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), ligado ao Inpe, afirma que o que acontece este ano no Nordeste não é anormal. A região é típica de períodos extremos, com anos muito chuvosos ou bastante secos. Segundo ele, o que determina a dimensão destes fenômenos climáticos são variáveis como o aquecimento da superfície dos oceanos (calor no Atlântico e frio no Pacífico) e ventos no continente, por exemplo. Entre esses sistemas que atuam, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é a principal responsável. Em janeiro, ele garante que os principais institutos meteorológicos já antecipavam este cenário. A ZCIT é a formação de nuvens que, influenciada pelas tais variáveis, se posiciona na área próxima à linha do Equador. Este ano, está posicionada sobre os estados do Ceará, Piauí e Maranhão, principalmente. O aquecimento global é uma das variáveis, acrescenta. O homem tem sua culpa com as queimadas, emissão de gás carbônico na atmosfera, desmatamento. Alves reforça o que disse o pesquisador Carlos Nobre, também do Inpe, na edição de ontem do O POVO: no futuro, os extremos climáticos serão mais frequentes. Os impactos mais significativos, segundo Alves, deverão ser sentidos a partir de 2040. Mas podem acontecer até antes, depende da ação do homem, argumenta. Para o Nordeste que se assustou com tanta chuva, perdeu lavouras e teve mais de 1 milhão de desabrigados, Lincoln Alves afirma que todo gestor deve se cercar de ferramentas que evitem esse impacto. Como se aparelhar de escritórios da Defesa Civil, usar informações meteorológicas, retirar pessoas das áreas de risco nas cidades, listou. As prefeituras devem pensar e se estruturar. Ou se previne ou espera o pior.
Fonte: De Olho no Tempo com informações de O Povo
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