Quinta-feira, 4 de março de 2021 - 17h26
Resultado de chuvas acima do
esperado, o rio Madeira em Porto Velho atingiu nesta semana a faixa de zona de
atenção para máximas, patamar em que, de acordo com a série histórica,
ocorreram as maiores cheias em Rondônia. Segundo informações do Serviço
Geológico do Brasil (SGB-CPRM), neste momento, considerando o histórico de
monitoramento, o rio Madeira está atingindo a 5ª maior cheia já registrada para
este período, no início de março, ao chegar a menos de 40 centímetros de
atingir a cota de inundação (17m) na capital de Rondônia.
Essa mudança no cenário de uma cheia dentro da
normalidade para acima do normal motivou toda a atenção dos órgãos de
monitoramento e a precaução dos agentes de Defesa Civil. Conforme explica o
pesquisador em geociências do SGB-CPRM Marcus Suassuna, ocorreu nas últimas
duas semanas uma elevação rápida das cotas. Em 15 de fevereiro, o rio estava na
cota 14,30m próximo da média histórica e nesta quinta-feira está próximo da
cota de 16,50m, ou seja, 1,60m acima da mediana. A subida mais rápida foi entre
os dias 13/02 e 18/02 quando subiu de 14,21m para 15,30m.
Além da avaliação dos efeitos das fortes chuvas
isoladas que impactaram na bacia nas últimas semanas, o último boletim do
Sistema de Alerta Hidrológico do rio Madeira do SGB-CPRM atualizou os dados e
as previsões para as próximas semanas. O prognóstico aponta que para os
próximos dias a tendência é que o rio estabilize os seus níveis, amenizando o
processo de elevação, com a previsão de chuvas dentro da normalidade. Acesse a
íntegra do documento emitido pelo órgão do governo federal ligado ao Ministério
de Minas e Energia aqui: https://bit.ly/3uVP1LC
IMPACTO DAS CHUVAS NA BOLÍVIA - O monitoramento e a
previsão para bacia do rio Madeira nos municípios de Rondônia precisam
considerar informações sobre as chuvas na Bolívia, onde ficam as cabeceiras do
rio Madeira. A estação em Beni, onde foram registradas chuvas acima da média em
fevereiro, fica localizada a montante de Porto Velho e é uma referência mais próxima
da fronteira boliviana. Geralmente, o que acontece lá acaba se refletindo em
Porto Velho. Também são consultados dados do Cenami, órgão de monitoramento
hidrológico Bolívia e da Estação El Sena no rio Madre de Dios. Em ambas as
estações, a tendência neste momento é de regressão de níveis, o que pode
indicar que já tenha sido atingido o pico da cheia neste ano.
SALA DE CRISE DA AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS - Na
tarde desta quarta-feira, dia 03/03, foi realizada a 2ª reunião da Sala de
Crise do rio Madeira, promovida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento
Básico (ANA). A realização foi antecipada devido à rápida elevação do rio nas
últimas semanas. A reunião ocorreu em momento oportuno, considerando que a cota
do rio em Porto Velho está no limite, muito próxima da cota de inundação, o que
para Defesa Civil é preocupante. O pesquisador Marcus Suassuna fez a
apresentação dos prognósticos para o comportamento hidrológico dos níveis. O
Cemaden e a ONS também realizaram apresentações técnicas com informações sobre
o rio Madeira. Acesse a íntegra da reunião aqui: https://bit.ly/3sPvj2e
MONITORAMENTO DO SGB-CPRM - Neste período de cheias
estão sendo emitidos boletins semanais para bacia do rio Madeira com dados
hidrometeorológicos, de cotas de níveis dos rios, vazões, chuvas,
evapotranspiração e previsões de chuvas de órgãos parceiros. Em Porto Velho e
Guajará Mirim, que estão em cota de alerta, são enviados três boletins semanais
aos órgãos de Defesa Civil locais e nacionais, disponibilizamos no portal da
SGB-CPRM. O trabalho de monitoramento e previsão é realizado em parceria com a
ANA, Cemaden, Sipam, além do INPE.
Os dados hidrológicos utilizados são provenientes
da Rede Hidrometeorológica Nacional de responsabilidade da Agência Nacional de
Águas (ANA), operada pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e demais
parceiros. As previsões realizadas pelos engenheiros da CPRM são baseadas em
modelos hidrológicos e estão sujeitas às incertezas inerentes aos mesmos.
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