Quinta-feira, 27 de março de 2008 - 16h30
Amanda Mota
Agência Brasil
Manaus - Cerca de 40 representantes dos estados do Amazonas, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso participam até amanhã (28) de reunião técnica promovida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para discutir estratégias e medidas que irão compor uma espécie de plano para o Norte do país, visando à erradicação da febre aftosa na região até o fim de 2009.
O diretor de Saúde Animal do ministério, Jamil Gomes, não descartou a possibilidade de alteração nas ações já realizadas. "Após o diagnóstico de todos os participantes, esperamos definir ações imediatas, de médio e de longo prazo. Podemos mudar as estratégias, estabelcer algumas regras para trânsito dos animais e para as campanhas de vacinação", antecipou.
Na Região Norte, o estado do Pará concentra 18,5 milhões de cabeças de gado, seguido por Rondônia, com 12 milhões. No Amazonas, o rebanho totaliza 1,5 milhão de cabeças, em cerca de dez municípios, com destaque para Boca do Acre e Parintins. Causada por vírus, a febre aftosa pode levar à morte bovinos, bubalinos, caprinos e ovinos.
O diretor-presidente da Comissão Executiva Permanente de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Codesav), Alexandre Araújo, destacou que a doença causa prejuízos econômicos a pequenos e grandes pecuaristas. E lembrou que "depois da erradicação, será preciso manter a situação e evitar que a doença seja reintroduzida no gado brasileiro, como infelizmente aconteceu em 2007, no Paraná e em Mato Grosso do Sul".
Para o chefe da divisão técnica da Superintendência de Agricultura do Pará, Milton Cunha, "é preciso avançar no combate à febre aftosa considerando as particularidades da região". Ele informou que o estado foi dividido em três áreas, para a implementação do programa de combate à doença e em função da existência das três possíveis situações: o centro-sul tem reconhecimento internacional como área livre da doença; o nordeste tem risco médio e concentra o melhor padrão genético, apesar do menor número de bovinos; e na calha do Rio Amazonas é alto o risco de contaminação.
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