Sexta-feira, 5 de outubro de 2007 - 15h34
O maior período de estiagem já registrado no sul da Amazônia pode estar com as horas contadas, segundo o que definem as previsões numéricas. A chuva retorna e com força extrema, garantindo riscos elevados de tempestades em Rondônia e Mato Grosso.
Daniel Panobianco – Não há outro comentário sequer nas cidades de Rondônia e centro-norte de Mato Grosso, do que a tão esperada chuva. O longo e severo período de estiagem registrado esse ano, que começou mais cedo, ainda em abril, coloca os dois Estados como um dos mais afetados e castigados pela seca intensa. Rios secaram completamente, produtores de soja e algodão já amargam prejuízos com o atraso no regime de chuvas. As temperaturas estão até 4°C acima da média nas regiões de Vilhena, em Rondônia e Tangará da Serra, em Mato Grosso e os níveis de umidade relativa do ar bateram recorde, com valores dignos de deserto. Sem falar na intensa fumaça das queimadas, onde em muitas localidades, a visibilidade horizontal ficou restrita a menos de 500 metros por dias seguidos. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), quando a visibilidade é inferior a 1600 metros, já é considerado como Estado de Emergência. A quantidade de queimadas nos dois Estados é alarmante. Nunca se queimou tanto em um curto espaço de tempo na chamada “fronteira agrícola” que avança Amazônia adentro.
A combinação de umidade baixa, calor intenso, fumaça exorbitante e poeira, fecha agora nos cálculos de pessoas amontoadas em hospitais e postos de saúde, com problemas respiratórios que, com o passar do tempo, tornam-se doenças crônicas.
No que depender das previsões numéricas, a noticia é boa. A chuva, que já retornou no inicio da tarde desta sexta-feira a Vilhena e Juína, deve se intensificar ainda mais nas próximas horas, segundo informações do CPTEC/INPE (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) do (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) de Cachoeira Paulista-SP.
O alerta feito pelo Instituto prevê chuvas e ventos fortes, com potencial favorável a ocorrência de granizo, em pontos localizados de Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul entre a noite desta sexta-feira e durante todo o sábado. O fluxo de umidade e o transporte do vento quente vindo do centro da região amazônica irão favorecer no desenvolvimento de nuvens supercarregadas, as chamadas cumulunimbus, que provocam tormentas e grandes aguaceiros. CLIQUE E ACOMPANHE O TEMPO EM RONDÔNIA COM DANIEL PANOBIANCO.
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